Nova época, velhos hábitos: Benfica sem motivos para sorrir em Famalicão
Recorde as incidências da partida
Depois de uma época com muitas críticas ao futebol apresentado pelo treinador germânico, o Benfica surgiu para o arranque da nova temporada com algumas caras novas no onze - Beste, Tomás Araújo, Beste, Leandro Barreiro, Prestianni e Pavlidis foram titulares -, mas com hábitos bem antigos.
Com muitas carências ao nível de entrosamento, os encarnados tiveram muitas dificuldades para fazer chegar a bola ao desapoiado Pavlidis. O avançado helénico sentiu-se muito sozinho no ataque, sem que os extremos Aursnes e João Mário conseguissem ser aquilo que as águias mais precisavam, e o desnorte ficou visível nesta estatística: zero remates enquadrados com a baliza de Luiz Júnior nos primeiros 45 minutos.
Em sentido contrário, o Famalicão aproveitou da melhor forma a apatia do adversário e deu o primeiro aviso logo aos três minutos, altura em que Francisco Moura aproveitou o espaço para rematar para defesa segura de Trubin, sem que o Benfica acordasse de um adormecimento quase profundo.
A turma de Armando Evangelista seguiu o seu caminho e continuou a pressionar e a mostrar os seus dotes, com o golo a aparecer de uma forma muito natural. Aos 12 minutos, o falso 9 Aranda descobriu Sorriso com um passe delicioso e o companheiro brasileiro só teve de desviar o esférico do radar de Trubin. 1-0 e vida difícil para as águias.
Após o golo sofrido, o Benfica puxou para si o domínioem termos de posse de bola e tentou explorar muito o flanco esquerdo através de Beste, mas sempre muito inconsequente. Coube ao Famalicão apresentar mais uma boa oportunidade.
Aranda lançou novamente Sorriso para o golo, aos 36 minutos, mas desta vez houve Tomás Araújo a aparecer para impedir um mal maior para os visitantes.
Mudanças e (muitas) dúvidas
Prestianni não regressou para a segunda parte, dando lugar a Kokçu na posição atrás do ponta de lança, e o Benfica aumentou a sua presença a nível ofensivo, embora seja justo dizer que encontrou pela frente um bloco defensivo famalicense muito compacto.
A primeira oportunidade declarada dos encarnados surgiu apenas aos 58 minutos, por intermédio de João Mário, pouco depois de Rochinha, no outro lado do campo, ter forçado Trubin a uma defesa a três (!) tempos.
Com o tempo a jogar a favor do adversário, Roger Schmidt promoveu mais duas mudanças, pouco depois da hora de jogo - Carreras e Marcos Leonardo para os lugares de Beste e Florentino -, e os restantes jogadores ficaram a olhar para o treinador germânico para tentarem perceber o novo posicionamento. Esclarecedor.
Di María foi uma das últimas cartadas e o campeão do mundo até esteve perto do golo do empate, aos 74', na cobrança de um pontapé livre, mas foi como uma gota de água no meio de um deserto de ideias.
Numa corrida contra o tempo até ao apito final, o Famalicão geriu os tempos da melhor forma e Zaydou Youssouf e Aranda tiveram mesmo boas chances para o 2-0. Valeu Trubin numa primeira instância, que manteve o Benfica ligado à corrente até ao final, e depois o poste da baliza encarnada.
Não houve energia para as águias, o mesmo não se pode dizer do Famalicão, que conseguiu ainda dilatar o resultado, através de Zaydou, com o médio a matar o jogo em cima do minuto 90.
Contas feitas, as águias entram na época com uma derrota, tal como aconteceu na temporada passada.
Homem do jogo Flashscore: Zaydou Youssouf (Famalicão)