Recorde aqui as incidências do encontro
Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga):
“Estou satisfeitíssimo com a equipa, os jogadores tiveram uma atitude absolutamente extraordinária, hoje jogámos 90 minutos a meter sob pressão um adversário difícil e que vinha moralizado, o que não é fácil depois do jogo que tivemos na quinta-feira (com o Rapid Viena, na primeira mão do play-off da Liga Europa).
A atitude deles tem sido irrepreensível, a equipa tem um misto de jogadores com experiência, como o Matheus e o Ricardo Horta, que são uns campeões e querem sempre jogar e ganhar, com outros que querem subir patamares no futebol e mostrarem-se ao mundo e, dessa simbiose, resulta uma equipa muito competitiva. Ganhámos bem o jogo.
(Quatro vitórias em quatro jogos) Ainda há muito trabalho pela frente, muitas vezes as vitórias são o primeiro caminho para se perder a seguir, porque se pode pensar que está tudo bem e não há nada para fazer. Tenho dito o contrário, que há muito trabalho para fazer, mas eles querem aprender e não há sinais de relaxamento. Há um processo e temos que nos focar no processo e não no resultado. Claro que queremos ganhar, mas a equipa tem muito para evoluir. Agora, é foco na quinta-feira, as vitórias moralizam e trazem coisas boas.
O Gabri Martínez e o Bruma são jogadores completamente distintos. Hoje, o Gabri jogou muito bem, teve pela frente o Fabiano, que é fortíssimo no um para um, conheço-o bem e raramente o vejo ser batido no campeonato, o Galeno que o diga, mas hoje o Gabri foi talvez o jogador que lhe criou mais dificuldades.
O Zalazar é um jovem ainda, tem muito para andar. Não quero particularizar. Desde que estou cá, o grande realce não é ninguém individualmente, mas a atitude competitiva de todos”.
Leia a crónica e veja os golos
César Peixoto (treinador do Moreirense):
“Sabíamos que o Braga ia entrar forte, o que é natural, a jogar em casa, e que era importante não sofrer golos nos primeiros 15/20 minutos. Sentimos algumas dificuldades na primeira fase de pressão, o Braga controlou a primeira parte, também porque nos faltou paciência com bola, perdíamos a bola muito depressa. Queríamos muito chegar ao intervalo com 0-0 para corrigir algumas coisas e conversarmos, mas acabámos por sofrer nos minutos finais.
Corrigimos algumas coisas ao intervalo, pedi para terem mais capacidade para ter a bola, entrámos bem, fizemos o 1-1, mas o Braga acaba por ser feliz ao fazer o segundo logo a seguir e deu-lhe a confiança necessária para gerir o jogo. Tivemos oportunidades para voltar a marcar, mas o Braga depois fez o 3-1 e matou o jogo.
Não retirando mérito à vitória do Braga, mas tivemos as melhores ocasiões para marcar, enviámos duas bolas aos postes e outra com o Luís Asué completamente isolado.
A opção por Sidnei teve a ver com a primeira fase de pressão do Braga, o Sidnei é mais inteligente taticamente, o Benny é mais ofensivo e vagabundo. Queríamos ter mais capacidade de pressão e capacidade tática, para ter mais bola, o que não surtiu efeito na primeira parte, porque não tivemos paciência para isso, mas na segunda parte sim.
Mais reforços? Estamos muito felizes com o plantel que temos, quero é que não saia ninguém. É óbvio que falta um lateral-esquerdo, queremos que chegue alguém porque só temos o Frimpong. Mas a equipa dá-nos garantias para fazermos um campeonato tranquilo”.