As maiores transferências da Liga Portugal: Kokcu lidera lista dominada pelos "grandes"
Kokçu (Benfica) - 25M
A ida do turco Orkun Kokçu para o campeão nacional é, incontornavelmente, um dos maiores negócios de sempre em Portugal. Depois da saída de Enzo Fernández em janeiro, o Benfica não reforçou o miolo e apostou na prata da casa para a segunda metade da temporada, com Chiquinho e João Neves a ganharem protagonismo.
Deste modo e após um ano em que os encarnados voltaram a levantar o troféu do campeonato nacional, reforçar o meio-campo tornava-se obrigatório e a escolha acabou por recair sobre Kokçu, médio que era capitão do Feyenoord e foi eleito o melhor jogador da última Eredivisie. O Benfica não teve problemas em fazer um forte investimento na sua aquisição (25 milhões + 5 em objetivos) e colocou-lhe uma cláusula de rescisão de 150 milhões de euros, valor recorde em Portugal.
Gyokeres (Sporting) - 20M
O avançado sueco de 25 anos chegou a Alvalade proveniente do Coventry, num negócio avaliado em 20 milhões de euros, que pode ascender aos 24 milhões mediante outras cláusulas. A maior compra de sempre dos leões esteve em grande na última temporada, ao apontar 22 golos e 12 assistências ao serviço do clube do Championship e chegou à equipa de Rúben Amorim para reforçar uma posição que estava refém de Paulinho e de um goleador.
Arthur (Benfica) - 20M
Com a saída de Gonçalo Ramos, as águias foram obrigadas a encontrar uma alternativa no mercado e recorreram à Serie A. O brasileiro atuava na Fiorentina, apontou 17 golos na última temporada e custou 20 milhões, num negócio que pode chegar aos 25 milhões.
Hjulmand (Sporting) - 18M
De Itália chegou ainda o segundo reforço mais caro de sempre dos leões - 18 milhões + 3 em objetivos. Depois da saída de Ugarte para o PSG, reforçar o meio-campo tornou-se prioritário para Rúben Amorim e a escolha recaiu sobre o dinamarquês que se encontrava no Lecce.
Jurásek (Benfica) - 14M
Grimaldo, o dono da lateral esquerda encarnada nos últimos anos, saiu a custo zero para o futebol alemão, pelo que o Benfica voltou a ter de recorrer ao mercado para reforçar a equipa. Jurásek chegou do Slavia Praga por 14 milhões, assinou por cinco temporadas, mas até agora ainda não conseguiu convencer e a lesão fê-lo perder a corrida pela titularidade.
Iván Jaime (FC Porto) - 10M
Também os dragões foram forçados a desembolsar vários milhões de euros depois de perderem jogadores preponderantes na equipa de Sérgio Conceição. Um desses casos é Iván Jaime, médio que despontou no Famalicão nas últimas temporadas e chega à Invicta para agitar o ataque do FC Porto, que perdeu o seu motor Otávio.
Trubin (Benfica) - 10M
Depois de vários anos com Vlachodimos a ocupar a baliza encarnada quase ininterruptamente, Roger Schmidt sentiu a necessidade de reforçar a posição, contratou Trubin e vendeu o grego, numa das maiores novelas deste defeso em Portugal. O guardião é visto como uma das maiores promessas do futebol ucraniano e "obrigou" as águias a desembolsarem 10 milhões de euros, mais um em objetivos.
Fresneda (Sporting) - 9M
Iván Fresneda abandonou o Valladolid nos últimos dias do mercado de transferências e reforçou a formação leonina a troco de nove milhões de euros que saíram dos cofres leoninos, a que podem acrescer mais três milhões mediante a performance desportiva. Com esta aquisição, a lateral-direita do Sporting fica mais competitiva, sendo agora composta pelo espanhol, Esgaio e Geny Catamo.
Nico González (FC Porto) - 8,4M
O médio deixou o Barcelona por 8,4 milhões de euros, com os blaugrana a ficarem uma opção de recompra de 30 milhões de euros e também com direito a 40% da mais valia numa futura transferência. Nico González chegou ao Dragão para colmatar a saída de Uribe e é uma aposta de Sérgio Conceição para o presente e o futuro do clube.
Alan Varela (FC Porto) - 8M
O médio argentino abandonou o futebol argentino, mais concretamente o Boca Juniors, e embarcou para a Europa para reforçar o então desfalcado meio-campo do FC Porto. Alan Varela assinou contrato até 2028 e custou oito milhões de euros, aos quais se podem juntar quatro milhões em objetivos.
Benfica e Sporting dominam mercado
À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, o Benfica voltou a ser o clube que mais gastou em Portugal, tendo desembolsado 69 milhões de euros neste mercado. Seguiu-se o Sporting que, com 54 milhões, foi o segundo clube que mais gastou, tendo batido neste defeso as duas maiores vendas e compras da sua história. Ainda assim, em comparação com a temporada passada, as águias reduziram o investimento - tinham gasto 114 milhões - e os leões aumentaram ligeiramente - 53 milhões em 2022/23.
Na lista dos mais gastadores segue-se o FC Porto, clube que gastou 33,4 milhões de euros nas quatro contratações que fez a título definitivo. Este valor indica que os dragões desinvestiram na nova temporada, depois de terem desembolsado cerca de 50 milhões no mercado de verão de há um ano. Já o SC Braga realizou uma das maiores janelas de transferências da sua história, contratando nomes como João Moutinho, José Fonte ou Rony Lopes. A equipa de Artur Jorge atacou o mercado para garantir a presença na Liga dos Campeões e investiu 17,8 milhões, face aos seis milhões do último ano.
Quanto às restantes equipas, os valores de investimento são substancialmente menores, mantendo-se a disparidade que se tem verificado nos últimos anos. Em termos gerais, estas equipas gastaram a módica quantia de cerca 16 milhões de euros de um total de 190 milhões. Em termos de vendas, o cenário é mais animador, já que Famalicão (15 milhões), Vitória de Guimarães (18 milhões), Gil Vicente (9,5 milhões) e Estoril Praia (8 milhões) estiveram ativos.
Quanto ao balanço geral do mercado de transferências, Portugal posiciona-se no nono lugar dos países que mais gastaram, é oitavo em termos de receitas (288 milhões) e o sétimo em termos de balanço global, com 97 milhões de receita.