Balanço da Liga: Mudança técnica salva Arouca após arranque em falso
Com o objetivo de superar a campanha de 2022/2023, em que o emblema da Serra da Freita conseguiu igualar as melhores classificação e pontuação de sempre (quinto lugar e 54 pontos), o Arouca ficou aquém, mas uma grande segunda volta permitiu evitar males maiores e alcançar o sétimo posto.
Galvanizado pelo apuramento para a Liga Conferência, o clube contratou o experiente treinador Daniel Ramos e apetrechou-se com muitas caras novas de peso, como os espanhóis Cristo González (ex-Udinese), Jason Remeseiro (ex-Alavés) e Javi Montero (ex-Besiktas).
Os primeiros sinais foram francamente positivos - uma vitória frente aos noruegueses do Brann (2-1) e uma reviravolta conseguida em inferioridade numérica diante do Estoril (4-3) davam boas indicações.
Contudo, a eliminação europeia, após uma fraca exibição na Noruega (3-1), marcou a época e afetou a moral do grupo, construído para voos internacionais mais altos, que depois se refletiu na campanha interna.
A partir daí, o Arouca empatou três vezes consecutivas, antes de partir para uma série de sete jogos a perder no campeonato, a pior da temporada, colocando os lobos na última posição, com seis pontos.
Perante a ameaça de despromoção, a direção procedeu a uma chicotada psicológica, trocando Daniel Ramos por Daniel Sousa, decisão que se revelou acertada.
Da vitória frente ao Boavista para a Taça de Portugal na estreia (4-3, no desempate por grandes penalidades), Daniel Sousa partiu para uma sequência de três vitórias e um empate no campeonato, com 14 golos apontados.
A mudança de ano trouxe um calendário difícil, com duas derrotas, frente a Benfica e Vitória SC (3-0 e 2-1), intercaladas pela eliminação na Taça de Portugal, às mãos do Vizela (1-0), mas os lobos reagiram com seis vitórias em sete jogos.
Com uma escalada acentuada na tabela, o objetivo da manutenção deu lugar à luta pelo sexto lugar, que o Arouca chegou a roubar ao Moreirense, mas não segurou, devido a vários empates na reta final.
Rafa Mujica foi o principal goleador da equipa e terceiro melhor do campeonato, com 20 tentos, que contribuíram para o melhor registo ofensivo de sempre dos arouquenses e elevaram o espanhol a recordista de golos do clube na Liga (28).