Na segunda temporada consecutiva na Liga, depois do tropeção da descida em 2020/21, os vila-condenses conseguiram voltar a estabilizar a equipa no principal escalão nacional, terminando no 11.º lugar, com 37 pontos.
No entanto, antes de atingir este pecúlio final de tranquilidade, a caravela vila-condense, comandada pelo quarto ano seguido por Luís Freire, passou por mares revoltos na primeira metade da temporada, sofrendo, ainda, com as sanções da FIFA de não poder inscrever novos atletas, devido ao caso Olinga.
Recorrendo a alguns jovens da formação e a jogadores menos utilizados da época anterior, o Rio Ave conseguiu manter-se à tona na primeira volta, somando 15 pontos, com apenas duas vitórias, no 16.º lugar, em zona de play-off de descida.
Mas, ainda nesse mês de janeiro, quando terminou a sanção da FIFA e os vila-condenses puderam, de novo, pescar os muito desejados reforços, a situação melhorou, muito devido ao maior número de soluções de que Luís Freire passou a dispor.
Nesse mercado de inverno, mesmo perdendo o influente médio, e capitão Guga, que saiu para o Beijing Guoan, a formação da foz do Ave, já liderada pela nova presidente Alexandrina Cruz, foi ao mercado buscar 10 novos, e decisivos, elementos.
Cabeça de cartaz nessas contratações do início do ano foi o internacional português Adrien Silva, que, mesmo não jogando com regularidade devido a problemas físicos, dotou a equipa de experiência.
Mas, decisivos foram nomes com Aziz, que regressou de um empréstimo no futebol chinês, Umaro Emabaló, Vroussai ou Tanlongo, médio emprestado pelo Sporting, que trouxeram uma nova paleta de soluções.
A partir daí, o conjunto vila-condense embalou, somou 22 pontos na segunda volta, esteve as últimas 12 jornadas sem conhecer a derrota, um recorde na história do clube na Liga.
Outro feito inédito foram os 19 empates conseguidos no campeonato, uma marca recorde em toda a história do principal escalão do futebol português.
A temporada do Rio Ave fica também marcada por um acordo para entrada de um investidor externo para a nova SAD que o clube criou, que passa a ser detida pelo empresário grego Evangelos Marinakis, dono do Olympiacos e do Nottingham Forest, que a partir de 2024/25 passa a comandar o futebol do clube.