Balanço da Liga: Vitória SC comandado por cinco treinadores e oito resistentes
Moreno só durou uma jornada, seguindo-se o interino João Aroso (segunda) e o brasileiro Paulo Turra (terceira à sétima), até à chegada, à oitava, de Álvaro Pacheco, que, após 26 jogos e em conflito com o presidente, ainda cedeu o lugar a Rui Cunha na última ronda.
Apesar desta inusitada dança no banco, o Vitória SC efetuou uma época regular e acabou em quinto, posição que ocupou ininterruptamente desde a 12.ª ronda, depois de ter chegado a ser líder, à terceira.
No segundo lugar do ranking dos clubes que mais mudaram surgem o Boavista, que começou com Petit, passou por Ricardo Paiva e acabou com Jorge Simão, e o Casa Pia, consecutivamente de Filipe Martins, Pedro Moreira e Gonçalo Santos, que foram ambos orientados por três treinadores.
Contando com o interino Carlos Cunha, o Gil Vicente também teve três timoneiros, num trajeto iniciado por Vítor Campelos e encerrado por Tozé Marreco.
Os outros clubes que mexeram só o fizeram uma vez, nomeadamente o Chaves e o Estoril, ambos com ligação ao Vitória, já que Moreno saiu do Minho para substituir José Gomes nos flavienses e Álvaro Pacheco deixou o Estoril, cedendo o lugar a Vasco Seabra, e rumou a Guimarães.
Por seu lado, o Arouca despediu Daniel Ramos e contratou Daniel Sousa, trepando de 18.º e último, à 11.ª ronda, para sétimo, o Vizela trocou de espanhóis (Pablo Villar por Rúben de la Barrera), o Famalicão colocou Armando Evangelista no lugar de João Pedro Sousa e, quase a acabar, Rui Duarte assumiu o SC Braga, em vez de Artur Jorge.
Se 10 clubes mudaram de planos em relação às opções iniciais, oito mantiveram-se fiéis às aposta de arranque de temporada.
Na quinta época em Alvalade, e quarta completa, Rúben Amorim deu o segundo título ao Sporting, para repetir 2020/21 e suceder ao alemão Roger Schmidt, que, na segunda época na Luz, não repetiu o sucesso de 2022/23 e acabou sob forte contestação dos sempre muito exigentes adeptos ‘encarnados’.
Sérgio Conceição, que já deu três títulos ao FC Porto, em 2017/18, na estreia, 2019/20 e 2021/22, viveu, ao sétimo ano, a pior época no Dragão, ao falhar o top 2 e somar pela primeira vez duas temporadas seguidas em branco.
Se os três grandes não mudaram, também as equipas que ascenderam em 2022/23 fecharam com os técnicos que começaram, o Moreirense, do estreante Rui Borges, o Farense, do veterano José Mota, e o Estrela da Amadora, de Sérgio Vieira.
A formação de Moreira de Cónegos era 16.ª à quinta jornada, mas assumiu a primeira metade da tabela a partir da sexta, num trajeto sempre mais perto da Europa do que da descida, enquanto Farense e Estrela, com mais dificuldade, conseguiram o grande objetivo da manutenção.
O chicote também não estalou no Rio Ave, de Luís Freire, que ainda era 16.ª à 19.ª ronda, mas fez uma segunda volta de grande qualidade, com apenas uma derrota, nem no Portimonense, de Paulo Sérgio, que terá de jogar o play-off.