Balanço da primeira volta da Liga: Benfica arrasador nos duelos entre candidatos
Se em 2022/23, rumo ao 38.º cetro, só conseguiu um ponto nesses mesmos três jogos, desta vez logrou o pleno de nove, graças a três triunfos tangenciais, todos sofridos e com o norueguês Tengestedt a ser determinante em dois deles.
A formação encarnada, que acabou a primeira volta no segundo posto, a um do líder Sporting, começou por derrotar em casa os dragões (1-0), para, depois, bater os leões (2-1), com dois nos descontos, e, a fechar, triunfar na pedreira (1-0).
Os comandados do alemão Roger Schmidt somaram, assim, mais pontos nos duelos entre os quatro primeiros do que os seus três rivais, que, juntos, totalizaram oito.
O campeão de inverno Sporting logrou quatro, ao vencer em casa o FC Porto (2-0) e empatar em Braga (1-1), o FC Porto ficou-se pelos três, do triunfo caseiro face aos arsenalistas (2-0), e o SC Braga só conseguiu um, perante os leões.
Os detentores do título até começaram a mostrar antes de começar o campeonato a sua apetência para jogos grandes, ao baterem os dragões por 2-0 na Supertaça Cândido de Oliveira, disputada em 09 de agosto, em Aveiro.
O argentino Ángel Di María, de regresso à Luz 13 anos depois, inaugurou o marcador, aos 64 minutos, e o croata Petar Musa estabeleceu o resultado final, aos 68, selando apenas o segundo sucesso do Benfica em 13 confrontos com o FC Porto na prova.
Pouco mais de um mês e meio depois, em 29 de setembro, as duas equipas voltaram a encontrar-se, agora na Luz, e a formação encarnada voltou a impor-se e, novamente, com Di María a abrir o marcador, aos 68 minutos, num jogo em que os portistas ficaram cedo com 10, devido à expulsão de Fábio Cardoso.
O tento do campeão mundial argentino acabou por ser o único do encontro e deu ao Benfica apenas o quinto triunfo caseiro face aos dragões para o campeonato nos últimos 23 anos, acabando também com uma série de quatro jogos sem triunfos.
Com a vitória face ao FC Porto, os campeões nacionais ascenderam, à sétima ronda, da terceira para a segunda posição, da qual treparam para a primeira, à 11.ª, com um triunfo caseiro para a lenda face ao vizinho Sporting, que era então o líder.
A formação de Rúben Amorim adiantou aos 45 minutos, com um tiraço do sueco Gyökeres, a grande figura da primeira volta do campeonato, e parecia destinada a acabar a ronda com uma vantagem de seis pontos sobre a concorrência, já que se foi aguentando com 10, face ao vermelho de Gonçalo Inácio, aos 51.
Os leões ainda entraram à frente nos descontos, mas, então, o Benfica conseguiu uma reviravolta épica, com tentos de João Neves, aos 90+4, e de Tengstedt, aos 90+7, este último com grande suspense, face à análise do VAR, para apenas o quatro triunfo caseiro sobre os leões para a Liga nos últimos 10 anos.
Após vencer os dois rivais, os encarnados instalaram-se na frente, mas empataram nas duas rondas seguintes (0-0 em Moreira de Cónegos e 1-1 com o Farense) e voltaram a cair para terceiros, precisamente antes de uma deslocação muito perigosa a Braga.
Num local onde haviam perdido nas duas épocas anteriores, e por expressivos 3-0 em 2022/23, tendo chegado então ao Minho com uma invencibilidade de 28 jogos, o Benfica decidiu o jogo logo aos três minutos, com um tento de Tengstedt.
Até ao final, a formação de Roger Schmidt teve de sofrer, mas, com uma grande exibição do jovem guarda-redes ucraniano Trubin, segurou o triunfo, que lhe permitiu voltar ao segundo lugar.
Os encarnados ainda lograram um segundo triunfo sobre os arsenalistas, que, entre as rondas 16 e 17 da Liga, superaram na Luz por 3-2, nos oitavos de final da Taça de Portugal, num jogo decidido por Aurnes, após calcanhar de Arthur Cabral.