Balanço da primeira volta da Liga: Sporting sagra-se campeão de inverno pela 20.ª vez
Desde 1982/83, os leões só haviam conseguido esta façanha em 2001/02, sob o comando de László Bölöni, em 2015/16, liderados por Jorge Jesus, e em 2020/21, já orientado por Rúben Amorim, então na primeira época completa em Alvalade.
A formação leonina soma menos dois pontos do que há três anos e já sofreu duas derrotas, na Luz (2-1) e em Guimarães (3-2), quando estava invicto na temporada marcada pela pandemia da covid-19 e da ausência de público nas bancadas.
Mais frágil é igualmente a vantagem para a concorrência, já que, então, o avanço para o segundo classificado, o FC Porto, era de seis pontos, enquanto agora o Benfica, que segue no segundo posto, está apenas a um ponto.
Pior é também, de forma clara, a defesa, já que o espanhol Antonio Adán já encaixou 17 golos em 2023/24, quase o dobro do que os que tinha sofrido a meio da época 2020/21.
Ainda assim, também há melhorias, pois o ataque conta mais quatro golos marcados (40 contra 36), culpa maior da incorporação do poderoso sueco Viktor Gyökeres (11 golos e sete assistências) e também do registo muito positivo de Paulinho (oito tentos).
O terceiro melhor concretizador é Pedro Gonçalves, o jogador que gosta de fazer passes para a baliza, ao melhor estilo de Lionel Messi, ainda que com apenas seis tentos, face aos 14 que somava em 2020/21, rumo ao título de melhor marcador.
No total da primeira volta, o Sporting conta 14 vitórias, um empate, em Braga (1-1), e duas derrotas, com 40 golos marcados e 17 sofridos, que valem 43 pontos.
Há três anos, a vantagem a meio embalou a equipa para o título, ao contrário o que sucedeu em 2015/16, época em que o Sporting não logrou ser campeão, apesar de ter estabelecido um novo recorde do clube em matéria de pontos, com 86.
O Benfica, que tinha virado a quatro pontos do Sporting, acabou por terminar com mais dois, num campeonato muito marcado pelo triunfo dos encarnados em Alvalade, na segunda volta, por 1-0, graças a um tento do grego Mitroglou.
Pelo contrário, em 2001/02, o Sporting virou na frente e acabou campeão, no que é o seu penúltimo e 18.º título de campeão, arrebatado ao ritmo dos golos do implacável avançado brasileiro Mário Jardel, que só parou no 42.
Quanto aos restantes títulos de campeão de inverno, a grande maioria (12 em 16) foram, depois, transformados em vitórias no campeonato, com quatro exceções.
Como em 2015/16, na ultrapassagem de Rui Vitória a Jorge Jesus também em 1941/42 (partindo de uma situação de igualdade), 1959/60 (igualdade), 1970/71 (a seis pontos) e 1976/77 (a três) o Benfica roubou o título ao Sporting.
Quando os leões viraram à frente, nunca o FC Porto acabou campeão.