Benfica-FC Porto: Benfica só venceu quatro das últimas 21 receções ao FC Porto
Em 88 encontros, desde a temporada 1934/35, os ‘encarnados’ somam 43 vitórias, contra apenas 18 dos ‘azuis e brancos’, que, no entanto, já têm uma maioria de jogos a pontuar (45), face às 27 igualdades.
Desde 2001/02, os ‘dragões’ conseguiram não perder em 17 ocasiões, ao somarem nove vitórias, duas das quais para fazerem a festa do título em pleno Estádio da Luz (2-1 em 2010/11 e 1-0 em 2021/22), e oito empates.
Por seu lado, o Benfica só logrou quatro triunfos - correspondentes a 16,7% -, conseguidos em 2005/06, 2009/10 e 2018/19, todos por 1-0, e em 2013/14, por 2-0, no primeiro jogo depois da morte do ‘rei’ Eusébio.
O francês Laurent Robert (2005/06), o argentino Saviola (2009/10) e o suíço Seferovic (2018/19) selaram os três triunfos tangenciais, enquanto o espanhol Rodrigo e o ‘albi-celeste’ Garay marcaram na memorável vitória de 12 de janeiro de 2014, na tarde em que todos foram Eusébio.
As vitórias do Benfica são, porém, exceções à regra nos últimos 21 anos, sendo que o FC Porto tem mais do dobro das vitórias, algumas icónicas, a maior das quais a que, em 2010/11, valeu o título aos então comandados de André Villas-Boas, que se sagrariam campeões invictos.
A 3 de abril de 2011, um autogolo de Roberto e um penálti de Hulk – pelo meio, Saviola ainda empatou, também num castigo máximo - selaram o triunfo (2-1) e o cetro do FC Porto, a cinco rondas do fim, com o Benfica, a tornar a comemoração ainda mais épica, ao apagar as luzes e ligar os aspersores.
Na época passada, a 7 de maio de 2022, os ‘dragões’ voltaram a fazer a festa na Luz, desta vez à 33.ª e penúltima jornada, ao vencerem por 1-0, com um tento do nigeriano Zaidu já nos descontos, aos 90+4 minutos.
Ao contrário do que sucedeu 11 anos antes, desta vez o FC Porto nem precisava da vitória, já que lhe bastava o empate para selar o 30.º campeonato.
Pelo meio, a 15 de abril de 2018, foi um golo do mexicano Herrera, aos 90 minutos, a valer um triunfo decisivo para o campeonato de 2017/18, com o FC Porto, no primeiro ano de Sérgio Conceição, a evitar o ‘penta’ do Benfica.
Os ‘dragões’ somaram mais três vitórias por 1-0, em 2003/04 (golo de Deco), 2004/05 (McCarthy) e 2007/08 (Ricardo Quaresma), venceram por 3-2 em 2011/12, com Maicon a marcar em fora de jogo – visível sem as linhas do VAR - o golo que virou o campeonato, e por 2-1 em 2015/16.
Em 2019/20, com tentos de Zé Luís e Marega, o FC Porto conseguiu mesmo ganhar por 2-0, igualando a sua maior vitória de sempre na Luz para o campeonato - repetiu o resultado de 1950/51, então com um ‘bis’ de Monteiro da Costa.
Além das vitórias, os ‘dragões’ também conseguiram empates em 2001/02 e 2014/15, a zero, em 2003/04, 2006/07, 2008/09, 2016/17 e 2020/21, a um, e em 2012/13, a dois.
A história dos confrontos na Luz, para o campeonato, entre Benfica e FC Porto não se esgota, porém, nos últimos anos, pelo que as ‘águias’ comandam, ainda que já com menos de 50% de vitórias – 48,9%, correspondentes a 43, em 88 jogos.
Os ‘encarnados’ somam mais 25 vitórias do que o FC Porto, que, em contraste com os nove triunfos nos últimos 21 anos, apenas conseguiu outros tantos nos anteriores 67, de 1934/35 a 2000/01, para um total de 18.
A história dos encontros para o campeonato na casa do Benfica começou a escrever-se em 24 de março de 1935, dia em que, no Campo das Amoreiras, em Lisboa, os anfitriões venceram por 3-0, com tentos de Gaspar, Rogério e Vítor Silva.
Os ‘encarnados’ viriam a triunfar em 13 dos primeiros 14 jogos – a exceção é o 2-3 de 1939/40 - e não mais largaram a liderança no histórico, sendo que o FC Porto só por duas vezes conseguiu vitórias consecutivas, primeiro em 1974/75 (1-0) e 75/76 (3-2) e, depois, em 2010/2011 (2-1) e 2011/2012 (3-2).
Em matéria de goleadas, e em contraponto com os dois triunfos portistas por 2-0, o Benfica conta várias, a maior das quais nos primórdios, em 1942/43: 10 tentos separaram as duas equipas (12-2), num jogo em que Julinho logrou um ‘póquer’ (quatro golos).
A formação lisboeta, que ostenta mais 79 golos marcados (168 contra 89), conseguiu outros resultados expressivos, destacando-se o 7-2 de 1944/45, o 6-0 de 36/37, os 5-1 de 35/36 e 41/42 e ainda os 4-0 de 45/46, 46/47 e 64/65.
Individualmente, o melhor marcador é José Águas, que ‘bisou’ em cinco ocasiões e totalizou 14 golos, contra 10 do ‘rei’ Eusébio da Silva Ferreira.