Antonio Adán e a mudança para o Sporting: "Queria uma equipa para lutar por títulos"
Etapa no Sporting: “Quando cheguei o clube estava há 19 anos sem vencer o campeonato. E sem conquistar troféus de forma consistente. Graças a estes quatro anos, o clube cresceu economicamente, coma as vendas de Nuno Mendes, Pedro Porro, Matheus Nunes. Fez muito dinheiro a ir às provas europeias. Portugal é uma grande montra e a verdade é que Jorge Mendes (empresário) tem o seu papel em mutas transferências”.
Escolha pelo Sporting: “Antes de ir para o Atlético tive a oportunidade de assinar pelo Sporting. Mas naquela época o clube estava com problemas desportivos, mudanças de presidente. Mas quando cheguei era um presidente novo, que estava lá há um ano e meio, com um treinador jovem que queria mudar aquilo. A minha dúvida era que estava o Luís Maximiano, que era aposta. Mas desde o primeiro dia confiaram muito em mim. Podia ter jogado noutro clube em Espanha, mas queria uma equipa para lutar por títulos, competir na Europa. Acertei, foi um primeiro ano espetacular com o título, taças e fui eleito o melhor guarda-redes do campeonato”.
Fim do contrato: “Estou totalmente recuperado. Em Lisboa já fazia treinos no relvado, mas havia alguma limitação para não correr nenhum risco. Em quatro anos fiz os jogos praticamente todos e o normal seria ter terminado a época, mas lesionei-me. Depois também havia a situação do contrato, onde tinha de cumprir um determinado número de jogos para renovar automaticamente (ficou a dois). O clube tinha tomado a decisão de apostar em algum mais jovem, eu entendo e também não queriam que eu passasse de titular a suplente. Entre todos falámos e decidimos que o melhor era finalizar aquela etapa”.
Pedro Porro: “Cresceu de forma espetacular em Portugal. Chegou do Valladolid sem jogar e saiu do Sporting com muita Rodagem. Mostrou que é capaz de chegar à frente e defender. Está a fazer boas temporadas no Tottenham e o passo seguinte é chegar a um clube como o Real Madrid, acho que merece. É internacional e há poucos no mundo com a qualidade dele”.
João Félix e o Atlético Madrid: “É responsabilidade de todos. Talvez deu o passo demasiado cedo, o dinheiro pago por ele que foi muito e chegar a um clube como o Atlético Madrid onde a dinâmica da equipa não serve as qualidades dele e a sua personalidade. A qualidade está lá, mas faltou a continuidade de chegar a um sítio onde se sente com confiança desde o primeiro momento”.
Mourinho: “Aprendi com os melhores. Foram épocas duras, de muito trabalho, mas também de muita experiência. Aos 19 anos, poder treinar todos os dias com Capello é maravilhoso. As exigências que ele impunha a toda a gente. Mourinho tinha o seu carácter, mas a nível pessoal era muito próximo e falava connosco de uma forma diferente de Capello. Com o Cholo, os treinos são muito intensos, o trabalho é muito exigente, mas fora dele é uma relação muito normal e é também um tipo muito acessível, que compreende perfeitamente a situação de cada jogador e com quem se pode falar perfeitamente. Depois, em campo, é muito diferente."
