Carlos Carvalhal alerta para o perigo da "chicotada psicológica" no Arouca
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O Arouca, que não vence há três jornadas seguidas, mudou esta semana de treinador, com Vasco Seabra a substituir Gonzalo García no comando técnico e a estrear-se diante dos minhotos.
“O objetivo é vencer o jogo, infelizmente ou felizmente, ver-se-á no fim do jogo, houve uma mudança de treinador e isso desperta nos jogadores algo de psicológico, por isso se chama chicotada psicológica”, notou Carlos Carvalhal, na conferência de imprensa de antevisão.
Essa mudança poderia “trazer alguma incerteza”, mas o treinador dos bracarenses disse “conhecer bem” o novo técnico dos arouquenses – “tem um estilo muito próprio” – e, apesar de antever um jogo difícil, assegurou que o SC Braga “não vai ser surpreendido de maneira nenhuma” e “não será o melhor adversário para o Arouca nesta mudança”.
Carlos Carvalhal revelou que o desafio que enfrentou para mostrar o novo Arouca aos seus jogadores incidiu “na análise daquilo que o treinador anterior fazia, que se pode assemelhar com as ideias do novo treinador”.
Considerando que a sua equipa está a “subir de rendimento”, o treinador arsenalista notou haver coisas a “colmatar”, o que exige “tempo”.
“Fazemos hoje menos erros do que ontem e isso é bom, significa que estamos a evoluir e a subir de patamar. Temos que nos habituar a ganhar sempre, parece uma coisa fácil, mas não é, sobretudo num clube que joga de três em três dias”, disse.
Os bracarenses venceram o Vitória SC, na quinta-feira, por 2-1, em casa, apurando-se para a final four da Taça da Liga, e, se depois da derrota caseira (2-0) para o campeonato com o mesmo rival, um mês e meio antes, Carlos Carvalhal demorou “dois ou três dias a fazer o luto – demorou mais tempo do que o normal –", após o triunfo o sentimento foi “exatamente o oposto”, ainda que sem euforias.
“Ninguém andou aos saltos, nem houve festejos no final do jogo, tirando os normais. Conseguimos um dos objetivos parcelares da época, porque era importante estar na final four da Taça da Liga, e agora seguimos em frente, porque, como já disse, o meu trabalho é tudo menos fácil”, disse.
O treinador lembrou que a equipa bracarense andou “a fazer jogos de vida ou morte, ou a eliminar, primeiro para entrar nas competições europeias, o que foi superado, depois na Liga Europa, também superado, e agora para entrar na ‘final four’ da Taça da Liga”.
“No campeonato, as expectativas estão mais coladas no sítio nesta altura. O SC Braga vai jogar para ganhar os jogos todos. Estamos num registo muito igual às cinco épocas anteriores. Ofensivamente, falta mais confiança para o El Ouazzani, o Roberto Fernández ou o Ricardo Horta fazerem mais golo e, com isso, termos mais pontos”, disse.
SC Braga, quinto classificado, com 17 pontos, e Arouca, 14.º, com sete, defrontam-se a partir das 18:00 de domingo, no Estádio Municipal de Arouca, jogo que será arbitrado por Ricardo Baixinho, da associação de futebol de Lisboa.