Carlos Carvalhal: "Foi por falta de energia, não por falta de vontade"
Jogo: “Vamos contextualizar, jogamos quinta-feira e fizemos uma viagem, o Sporting na terça. Faz toda a diferença. Jogamos com cinco avançados, porque sabíamos que na segunda parte íamos ter dificuldades física. Apostámos numa entrada forte, conseguimos chegar ao 2-0, o Matheus não foi importunado apesar da posse de bola do Sporting. Na segunda parte não houve intencionalidade de descer no terreno, é furto da capacidade do Sporting, da incapacidade da nossa equipa que jogou há menos tempo. O golo apareceu num canto, depois são dois remates. Uima eficácia grande, queríamos muito chegar a baliza adversária, mas o Sporting está mais fresco, meteu defesas mais rápidos atrás para evitar transições. O plano funcionou em pleno, mas depois da vantagem tínhamos de ter capacidade de aguentar o Sporting dentro da nossa energia. Foi por falta de energia, não por falta de vontade. Dou os parabéns aos jogadores, que fizeram o que tinham de fazer, mas são humanos. Com menos de 72 horas defrontaram o Sporting que tem capacidade fortíssima, dou-lhes os parabéns. Nós tínhamos uma opção, resguardar e tentar na segunda parte, era pior, porque não íamos ter energia suficiente, o tempo ia funcionar contra nós. É apelar à compreensão”
Desgaste: “Estamos a falar de 70 horas. É uma proximidade até para a preparação do jogo. Procuramos fazer o melhor, fomos de peito feito, chegámos ao 2-0 e não houve energia para mais. Não posso apontar nada aos meus jogadores”.
Três centrais: “Erros defensivos têm acontecido, expulsões também. Tem sido uma época atípica. Eu fiquei satisfeito com o comportamento da equipa. Podia ter mudado os dois médios, mas o Vítor Carvalho estava bem e é importante na bola parada e o João Moutinho é o que interpreta melhor os espaços. Daí optar por aguentar que estavam desgastados, cada um pelo seu motivo. Em circunstâncias normais podíamos ter vencido o jogo”.
João Ferreira: “Todos eles, o Matheus faz uma defesa e sofre os golos, foi uma noite ingrata. A equipa esteve toda bem. Roger Fernandes e Gabri Martínez fantástico, os três defesas mutio bem, os médios também, o Ricardo Horta apareceu ao seu nível, o Bruma muito bem. Todos estiveram irrepreensíveis, mas são humanos”.