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Conselho de Disciplina arquivou processo por alegada corrupção no Estoril-FC Porto de 2017/18

Mário Rui Ventura
Estoril-FC Porto, a 15 de fevereiro de 2018, foi interrompido devido a problemas numa das bancadas
Estoril-FC Porto, a 15 de fevereiro de 2018, foi interrompido devido a problemas numa das bancadasProfimedia
O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol anunciou, esta quarta-feira, que arquivou um processo aberto por suspeitas de corrupção num embate entre o Estoril e o FC Porto, relativo à temporada de 2017/2018.

De acordo com o comunicado publicado pelo CD da FPF, nesta quarta-feira, o organismo "decidiu arquivar o processo de inquérito por não se afigurar que a solicitação de novas diligências de prova pudesse alterar o sentido do Relatório Final proposto pela Comissão de Instrutores da Liga e tendo ocorrido o arquivamento do processo criminal que incidia sobre o mesmo objeto"

Este processo era relativo ao encontro da 18.ª jornada do campeonato de 2017/18, que foi disputado em dois momentos, depois de inicialmente ter sido interrompido ao intervalo, no dia 15 de fevereiro de 2018, na sequência de problemas numa das bancadas do Estádio António Coimbra da Mota, quando os dragões estavam em desvantagem no marcador.

Quando o jogo foi retomado, seis dias depois, a 21 de fevereiro, o FC Porto deu a volta ao resultado na segunda parte e nos dias seguintes foi feita uma denúncia anónima, na Procuradoria-Geral da República (PGR), por alegada corrupção. A denúncia foi posteriormente encaminhada para o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP).

O Conselho de Disciplina da FPF entendeu, agora, "arquivar o processo de inquérito por não se afigurar que a solicitação de novas diligências de prova pudesse alterar o sentido do Relatório Final proposto pela Comissão de Instrutores da Liga e tendo ocorrido o arquivamento do processo criminal que incidia sobre o mesmo objeto". 

Recorde-se que, na sequência dessa denúncia anónima, os dois clubes negaram qualquer ato de corrupção e Francisco J. Marques, na altura o diretor de comunicação do FC Porto, veio explicar o teor dos 784 mil euros transferidos para os canarinhos uma semana antes da realização da segunda parte do jogo, garantindo que o propósito foi saldar dívidas relativas a transferências de jogadores, nomeadamente Carlos Eduardo e Licá.