Defesa de Nuno Santos aponta para defeitos no equipamento e dá exemplo de Roberto Carlos
“Tendo em conta o que antecede, seria normal, típico e expectável, para qualquer indivíduo médio, que a estrutura do guarda-corpos implementado no camarote 21 do Estádio Municipal de Aveiro, incluindo os seus elementos de fixação, fosse apta a resistir a cargas e esforços equivalentes a cerca de 200 kg ou, pelo menos, 122 kg. Ora, atendendo à impossibilidade de os jogadores da Sporting SAD, seja em que circunstância for, terem aplicado um impacto dessa natureza no guarda-corpos, facilmente se percebe que apenas a inconformidade dos equipamentos do Estádio Municipal de Aveiro com os requisitos estabelecidos na lei permite explicar o sucedido. Pois que, se assim não fosse, o vidro instalado no guarda-corpos do camarote 21 do Estádio Municipal de Aveiro jamais teria cedido. Até porque seria humana e fisicamente impossível que o arguido Nuno Santos (ou qualquer outra pessoa) provocasse um impacto daquela natureza, isto é, superior a 122 kg, sobre essa estrutura. Não conseguia o arguido Nuno Santos nem conseguia o famoso ex-jogador Roberto Carlos (lateral-esquerdo brasileiro, conhecido pela potência do seu remate)", pode ler-se na argumentação da defesa do Sporting.
Recorde-se que Nuno Santos foi suspenso por oito jogos, devido à queda de um vidro no Estádio Municipal de Aveiro que feriu dois adeptos. O ala, de resto, encontra-se lesionado de forma grave e não deverá voltar a ser utilizado durante esta época.
Contudo, o Sporting vai recorrer desta decisão para o Tribunal Arbitral do Desporto.