Fúria espanhola na Vila das Aves: FC Porto de duas velocidades cilindra AVS
Recorde as incidências da partida
Vítor Bruno mudou duas peças em relação ao último onze - Namaso e Fábio Vieira começaram de início, Iván Jaime e Galeno no banco - e a máquina azul e branca continuou a funcionar na perfeição. Sem espinhas!
Os dragões precisaram de pouco mais de cinco minutos para compreenderem as dinâmicas do jogo, num tabuleiro que o AVS teve muitas dificuldades em entrar. Numa ideia bem construída pelos pensadores Nico e Alan Varela no miolo, o dragão começou cedo a mostrar as suas garras.
Os ferros abriram o apetite
A primeira oportunidade surgiu logo aos nove minutos, altura em que Ochoa desviou um cruzamento de Namaso, depois do avançado inglês tirar proveito de um passe atrasado mal amanhado de Lucas Piazón, e a bola resvalou na cara de Roux antes de seguir o caminho do poste. Incrível como não entrou.
O FC Porto tinha facilidade em encontrar espaços no meio campo do adversário, nomeadamente pelo seu corredor direito, onde Martim e Fábio Vieira deram um recital no primeiro tempo. Mas não foram os únicos.
Quatro minutos volvidos desde a bola no poste, Pepê revelou pontaria a mais na resposta a um cruzamento açucarado de Martim Fernandes, acertando em cheio na trave. Os avisos no primeiro quarto de hora eram sérios e foram um prenúncio para a destruição provocada pela fúria espanhola no primeiro tempo.
O pensador Nico González teve a cabeça no lugar para encontrar o caminho para o golo, aos 22 minutos, depois de um passe (de régua e esquadro) de Fábio Vieira, e abriu-se a passadeira para a entrada do seu compatriota Samu.
O avançado espanhol precisou apenas de 14 minutos para anotar um hat-trick perfeito - o mais rápido de um jogador do FC Porto desde 1993/94. O primeiro de pé direito, depois de matar de peito uma bola de Martim Fernandes; o segundo de cabeça, após novo passe de Martim Fernandes; e, por fim, de pé esquerdo, na sequência de um passe de Pepê. Demolidor.
Oportunidade para dar minutos
Vítor Campelos regressou para a segunda parte com novas ideias e empenhado em contrariar o futebol champanhe dos portistas. Três mudanças de uma assentada, uma delas forçada (Gustavo Assunção), e um pouco mais de ousadia no ataque, aproveitando também a clara mudança de velocidade da equipa portista. Para duas a baixo, entenda-se.
Ainda assim, esse crescimento avense só aconteceu depois da tripla alteração de Vítor Bruno, que aproveitou o conforto de quatro golos de diferença para dar minutos a jogadores menos utilizados como a Zé Pedro, mas sobretudo a Rodrigo Mora e André Franco. Primeiro, Ochoa ainda teve de impedir o quinto a Danny Namaso nos primeiros segundos da etapa complementar.
Depois, sim, a primeira grande oportunidade para o AVS. Aos 72 minutos, Zé Luís apareceu no coração da área para aquela que viria a ser a melhor oportunidade de todo o encontro para o conjunto da casa, negada por Francisco Moura. Demasiado pouco.
Confortável no resultado, o FC Porto passou os últimos minutos em ritmo baixo e foi deitando o olho ao cronómetro à espera que o minuto 90 chegasse. Antes disso ainda deu para Rodrigo Mora estrear-se a marcar pela equipa principal aos 17 anos e fechar o jogo em cinco golos sem resposta.
Melhor em campo Flashscore: Samu (FC Porto)