Liga Portugal: As declarações do treinadores após o Estrela da Amadora - Nacional (2-0)
José Faria (treinador do Estrela da Amadora):
“Sentimos que, em Alvalade, quem tinha entrado não tinha trazido a energia e o rigor necessários. Falei com eles e disse-lhes que era muito importante estarem motivados e acrescentarem, pois qualquer um pode ser titular nesta equipa. Sou um felizardo por ter opções, trocar e continuar a um nível alto. Aconteceu com naturalidade (os dois golos de jogadores vindos do banco), como podíamos ter marcado na primeira parte, com os que iniciaram o jogo.
O Rodrigo Pinho, o Jovane Cabral e o Kikas são os três batedores oficiais de penáltis. O Rodrigo marcou no último e, devido também à grande pessoa que é e ao peso que tem dentro do plantel, cedeu a bola ao Jovane para ele marcar. Ainda não perguntei porquê, mas aceitei com naturalidade e, se acontecer no próximo jogo, vou deixar. Só falha quem lá está. O Jovane precisa de carinho, mas é um jogador com um potencial tremendo. É um ser humano fantástico, humilde, trabalhador e genuíno. Vê-lo com lágrimas nos olhos e a pedir desculpa no balneário deixa-me com o coração despedaçado, mas estou muito contente com esta atitude e até com esta frustração, pois demonstra a atitude que este grupo tem.
O Bruno Brígido estava condicionado desde os cinco minutos. Ainda tentei que ele continuasse, mas estava com problemas de ansiedade e algumas arritmias. Passou a semana condicionado, com gripe. Ao intervalo não estava bem, ele queria continuar, mas acabou por vomitar e não hesitámos. Entrou o Francisco Meixedo e deu uma grande resposta, como sabia que ele ia dar”.
Tiago Margarido (treinador do Nacional):
“Na primeira parte, o Estrela da Amadora conseguiu empurrar-nos para trás em alguns momentos. Na segunda parte, estivemos bem e, no nosso melhor momento no jogo, acabámos por sofrer o primeiro golo. Não coloca em causa a justiça da vitória da equipa da casa, mas o Estrela da Amadora conseguiu desbloquear o jogo no nosso melhor momento.
Vínhamos de uma vitória bastante positiva e queríamos dar consistência ao que vínhamos a fazer, mas não o conseguimos, por mérito do adversário. Os golos surgem de jogadores que vieram do banco e, por isso, é uma vitória incontestável, que nos faz pensar em erros que cometemos, embora tenhamos sofrido o primeiro golo contra a corrente do jogo”.