Liga Portugal: Declarações dos treinadores após o Vitória SC - Moreirense (1-0)
Recorde aqui as incidências do encontro
Rui Borges (treinador do Vitória SC):
"Foi uma primeira parte onde nos faltou frescura. Pensei que iríamos acusar mais cansaço na segunda parte. Estivemos reativos e não proativos. Não antecipámos as coisas. Chegámos sempre atrasados às segundas bolas. Demos confiança ao Moreirense para sair (para o ataque) em transições mais do que em futebol apoiado. Fomos precipitados e perdemos confiança.
Na segunda parte, crescemos. O Tiago cresceu e o Händel cresceu. Os jogadores sabem bem quando têm de fazer ajustes. Empurrámos o Moreirense para trás até ao golo. Depois do golo, como vimos de um enorme desgaste, recuámos.
Já esperava um jogo que terminasse 1-0, entre equipas muito competitivas, que se espelham muito uma à outra, até na forma como pressionam. Fomos caindo no terreno após o golo, mas o Moreirense tentou sobretudo a profundidade e bolas longas. A equipa foi comprometida nos 20 minutos finais e conseguiu uma vitória merecida.
Temos grandes jogadores. Não vamos ganhar sempre por 3-0 ou 4-0. Os adversários na Liga são cada vez mais fortes. A competitividade do nosso campeonato é muito elevada. Temos sofrido poucos golos em bola corrida. Hoje (domingo), jogámos a parte final em bloco médio baixo, mas não consentimos oportunidades. Do outro lado, tínhamos uma equipa muito bem trabalhada, com excelentes dinâmicas.
Estamos desgastados. Temos 20 jogos oficiais até agora, mas tentei não mudar muito o onze (nos últimos três jogos). . A equipa tem boa dinâmica e jogadores importantes. Mais à frente, vão aparecer outros, porque vai haver quebras de forma”.
César Peixoto (treinador do Moreirense):
“Fizemos um bom jogo, tirando os primeiros 15 a 20 minutos da segunda parte. Na primeira parte, tivemos algumas transições em que poderíamos ter sido mais eficazes, em que poderíamos ter feito golos. Impedimos o Vitória de jogar como gosta, de pé para pé. Fomos uma equipa confiante e estivemos melhor. Ao intervalo, avisámos os jogadores que o Vitória iria entrar forte para tentar decidir o jogo a seu favor. Foi o que aconteceu num jogo muito equilibrado, em que o resultado é injusto.
Faltou-nos definir melhor algumas transições. Quisemos fazer muitas coisas rapidamente. A equipa tentou reagir. Os jogadores que entraram sentiram algumas dificuldades, porque o ritmo estava muito alto. Ainda assim, conseguimos vários cruzamentos no final, mas faltou mais presença na área.
Na segunda parte, senti alguns jogadores mais cansados. Tínhamos jogado há pouco tempo com o FC Porto para a Taça da Liga (na quarta-feira). Coloquei o Luis Asué, por ser mais rápido para as transições. Faltou discernimento em zonas de decisão e também a paciência que tivemos na primeira metade”.