Matías Fernández esteve em Alcochete, onde privou com a atual equipa técnica do Sporting, liderada por Rúben Amorim, bem como com vários jogadores do plantel verde e branco.
Depois, o antigo médio visitou igualmente o Estádio José Alvalade, onde jogou durante três temporadas.
"Tenho vontade de voltar a jogar. Dá-me 'ganas' de voltar. Dá para recordar tudo. Há uns tempos pensava que cheguei aqui em 2009, saí em 2012, estamos em 2024 e passou tanto tempo... 12 anos. E as pessoas continuam a ter carinho por mim e lembram-se de mim. É algo que me enche de orgulho. Emociona-me voltar aqui e ao estádio, onde passámos grandes momentos. Também passámos momento difíceis, mas tenho muitas boas recordações. Alegro-me por estar cá, já não vinha há muito tempo, e de receber o carinho de toda a gente com quem não estava há algum tempo. São muitas alegrias", começou por assumir o antigo internacional chileno de 38 anos.
Em Alvalade tornou-se um ídolo das bancadas e o próprio Matías não esquece tal sentimento.
"Cânticos? Claro, lembro-me tão bem. Existiam dois cânticos, o 'Matigol, Matigol, Matigol' e 'Matías Fernández, Matías Fernández'! Continuo atento ao Sporting. No Chile, é difícil ver os jogos, mas quando dão, tento ver. Sei que foram campeões e que estão muito bem. Por isso fico muito contente. Tenho ainda tudo. No outro dia, estava à procura de algumas coisas com os meus filhos e tinha tudo do Sporting, o leão, camisolas... Portanto, fico muito contente", recordou o antigo médio, em declarações à Sporting TV, já após ter feito uma visita à Academia e depois ao Estádio José Alvalade, deparando-se, entre outros troféus, com a taça de campeão nacional dos leões no Museu Sporting.
"Quando ouço Sporting só penso nas melhores memórias. Pela forma como toda a gente me tratou, pelo carinho, pela minha família que sempre gostou de Lisboa... A minha filha nasceu em Lisboa, portanto tenho as melhores memórias. E, agora que o Sporting está tão bem, fico muito feliz", destacou o antigo médio.
Matías Fernández terminou a carreira em 2022, no La Serena, do Chile, e atualmente dedica-se quase por interio à família e aos quarto filhos, Antonia (16 anos), Aylé (12), Ángel (oito) e Adán (dois) – aos quais passou o gene atlético.
"A Antonia faz voleibol e equitação, a Aylén faz patinagem, é campeã nacional e agora vamos acompanhá-la a uma prova em Geisingen, na Alemanha. E o Ángel joga futebol na escola do Colo Colo. É destro, remata forte, mas como o pai, só quer disfrutar e não sei se será futebolista", disse Matías Fernández, em entrevista ao jornal chileno LUN, antes de retratar o seu dia-a-dia.
"Tornei-me pai a tempo inteiro. Sou o Uber dos meus filhos, porque vou levá-los à escola, às atividades desportivas e, à mais velha, às festas. Também mudo a fralda ao Adán e preparo-lhe a papa. Sou feliz", assumiu.
Matías Fernández fez um total de 116 jogos oficiais pelo Sporting, antes de rumar à Fiorentina.
"Cheguei onde tive de chegar. Joguei e fui campeão no Colo Colo, joguei no Villarreal, na Fiorentina, no AC Milan, no Sporting. Fui campeão da Copa América (em 2015) e fui a um Mundial com a seleção (em 2010)", lembrou.
"Se não cheguei a clubes como o Real Madrid, Barcelona, Juventus ou Manchester City foi porque fisicamente não conseguia. Eu podia jogar a um nível altíssimo num domingo, mas não estaria ao mesmo nível na quarta-feira seguinte", acrescentou Matigol.
O antigo médio chileno já tem curso de treinador, embora não pense seguir essa carreira, para já, mas a vinda a Lisboa pode ter estado relacionada com uma eventual parceria com o Sporting.
"Ser treinador é uma possibilidade distante, agora estou a analisar as hipóteses. Quando for agora à Europa passarei por Lisboa porque há a possibilidade de chegar a acordo com o Sporting para poder colocar jovens chilenos a treinarem nesse clube", revelou.