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Miguel Pinho nega tentativa de corrupção antes de um Marítimo-Benfica

Mário Rui Ventura
Miguel Pinho com Nuno Mendes
Miguel Pinho com Nuno MendesInstagram/Miguel Pinho
Miguel Pinho, empresário da agência "Position Number", desmentiu esta quinta-feira, em comunicado, ter feito qualquer abordagem a Edgar Costa, jogador do Marítimo, para que favorecesse o Benfica, 48 horas depois de o Ministério Público ter emitido um despacho no qual acusava o empresário e o seu pai, Luís Miguel Pinho, de ter abordado Edgar Costa, antes de um Marítimo-Benfica.

Os dois agentes são suspeitos de ter proposto a Edgar Costa "a oferta da quantia pecuniária de 30.000 euros para que, no jogo a decorrer no dia 8 de maio de 2016 entre a sua equipa e o Benfica, efetuasse uma prestação desportiva contrária aos interesses do Marítimo", que acabaria por sair derrotado, por 0-2.

"É absolutamente falso que exista qualquer acusação criminal contra mim (...). O Ministério Público já deu como assente que não existe qualquer indício de que o Benfica me tenha pedido para contactar o jogador em causa, tendo já arquivado esse mesmo processo contra o Benfica", afirmou Miguel Pinho.

"O que parece restar (aparentemente, porque eu não fui notificado de nada) é uma investigação assente exclusivamente em declarações desse jogador, infelizes, contraditórias, e que só podem resultar de um equívoco, pois não têm apoio em qualquer outro indício ou prova", acrescentou o empresário.

A terminar, Miguel Pinho prometei "intentar um processo-crime por difamação a todos aqueles que erroneamente difundiram ou vierem a difundir" que foi "acusado da prática de um crime de corrupção", assim como a quem afirmou que recebeu "dinheiro do Benfica para contactar este ou qualquer jogador".

Comunicado de Miguel Pinho na íntegra:

"Relativamente às notícias que têm saindo com referência a uma acusação de corrupção pela abordagem de um jogador para falsear um resultado desportivo e ainda aos comentários que têm sido produzidos a esse propósito, impõe-se esclarecer o seguinte:

1- É absolutamente falso que eu tenha abordado qualquer jogador para qualquer efeito relacionado com a sua prestação profissional, e muito menos para falsear o resultado de qualquer jogo;

2- É absolutamente falso que exista qualquer acusação criminal contra mim;

3- O Ministério Público já deu como assente que não existe qualquer indício de que o Benfica me tenha pedido para contactar o jogador em causa, tendo já arquivado esse mesmo processo contra o Benfica;

4- O que parece restar (aparentemente, porque eu não fui notificado de nada) é uma investigação assente exclusivamente em declarações desse jogador, infelizes, contraditórias, e que só podem resultar de um equívoco, pois não têm apoio em qualquer outro indício ou prova;

5- Assim, e porque é falso e manifestamente atentatório da minha honra e dignidade, irei intentar um processo-crime por difamação a todos aqueles que erroneamente difundiram ou vierem a difundir que fui acusado da prática de um crime de corrupção;

6- De igual forma irei também intentar um processo-crime por difamação a todos os comentadores que, sem apoio em qualquer indício, prova e, muito menos, factos têm, com soberba, afirmado que recebi dinheiro do Benfica para contactar este ou qualquer jogador."