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Rúben Amorim: "Esforço que foi feito para manter o plantel foi a pensar no bicampeonato"

Mário Rui Ventura
Rúben Amorim, treinador do Sporting
Rúben Amorim, treinador do SportingManuel de Almeida/EPA
Rúben Amorim, treinador do Sporting, fez esta sexta-feira a conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Famalicão, da 9.ª jornada do campeonato, marcado para amanhã, às 20:30, no Estádio Municipal de Famalicão.

Dificuldades do Famalicão: "Não é só o clube, é uma junção com o estádio, com o ambiente que se vive e com o treinador. É difícil bater as equipas do mister Armando Evangelista e demorámos muito tempo a vencer o Famalicão. Temos tido bons resultados, no ano passado foi um passo importante para a conquista do título e este ano esperamos o mesmo. É uma equipa que tem uma derrota apenas no campeonato, difícil de bater, com jogadores talentosos que gostam destes jogos grandes. Nestes jogos sentem-se confortáveis. Defendem bem, fazem excelentes transições e este ano joga um bocadinho diferente, às vezes com um falso-avançado. Esperamos um jogo complicado, temos alguns jogadores de volta".

Centrais do Sporting: "Depende se estão a jogar bem ou não. Temos mais opções e isso ajuda-nos a gerir os jogos porque vêm aí vários jogos e esta é a principal competição para nós".

Regressos de Diomande e Pedro Gonçalves: "Descansado nunca estou, porque isto tem acontecido de um momento para o outro. A maior parte das lesões não são musculares e podem acontecer num treino ou num jogo. O que nos ajuda é a gerir os minutos de toda a gente e a não sobrecarregar ninguém. É impossível, se não tivermos o plantel todo, sermos competitivos nas competições. O Pote vai demorar algum tempo a voltar ao ritmo em que estava, mas é uma excelente notícia. Precisamos muito do Marcus, praticamente ainda não contamos com ele este ano e faz-nos muita falta. Estou muito mais relaxado do que estava há algumas semanas atrás e é normal".

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Festejo efusivo com o Sturm Graz: "Acho que já tive mais momentos, mas agora foi apanhado pela câmara. Tinha a noção de que era um jogo importantíssimo para a Liga dos Campeões, porque temos agora dois gigantes e isso pode criar desconfiança. Toda a gente olhava como o Sporting favorito e acho que é esse o passo que temos de dar, apresentar resultados quando somos favoritos. Foi uma junção disso. Nunca senti que tinha o jogo controlado, mas acho que o 2-0 matou o adversário. Senti que era um momento importante e ajudou-nos a vencer o jogo".

Fazer história esta época? "Não sei dizer. Temos essa ambição, obviamente. Acho que estamos preparados e num nível diferente, mas não quero aumentar a pressão sobre a equipa. Temos capacidade para isso, precisamos de sorte e competência, sorte nas lesões... Essa a nossa ambição, mas vamos esperar para o fim. Queremos ganhar o campeonato, o esforço que foi feito para manter o plantel foi a pensar no bicampeonato, porque há 70 anos que não somos bicampeões, e isso leva-nos à Liga dos Campeões para compensar o esforço financeiro".

Pedro Gonçalves titular? Costuma marcar em Famalicão: ""Ele marca em quase todos os sítios... Pode começar no banco, ser titular, não pode é fazer o jogo todo. Se for titular, terá de sair. É garantido que não fará o jogo todo. Vamos ver se joga de início ou entra depois".

Conselhos sobre o seu substituto quando sair do Sporting: "Não irei dar conselhos. Acho que tenho jeito para o meu trabalho porque só me meto no meu trabalho. Foco-me no que consigo fazer e esse dia não sei quando irá chegar. O meu trabalho é o meu trabalho, o trabalho dos outros é o trabalho dos outros".

Edwards e Quaresma são as únicas baixas? "Sim, são as únicas baixas. Inácio não tem descansado e, na paragem das seleções, não treinou. Sofre dos dois males. Não descansa, e quando parou não treinou. É um equilíbrio difícil. Tem-se sacrificado pela equipa, poderá ser um dos jogadores a sair ou não. Não vou estar a dizer. Matheus Reis está na mesma situação do Pote, não fará o jogo todo. Diomande, como é mais robusto fisicamente, poderá ir a jogo. Vamos ver. Não treinou muito, não tivemos quase treino. Mas temos de olhar individualmente e ele é um jogador bastante robusto e está recuperado".

Situação de Bruno Ramos: "A convocatória vão saber amanhã. Em relação ao aval, ainda não estamos nessa fase. Tivemos muitos percalços na equipa principal e, depois, a vida tem algumas coisas. Ele não estava a ser muito utilizado na equipa B e resolvemos chamá-lo. Gostámos dele, as caraterísticas encaixam bem na nossa forma de jogar e é o central da equipa B com mais trabalho de equipa principal. Enquanto não assegurarmos a situação dos centrais, estará connosco. Depois, logo vemos".

Rotatividade será mais-valia? "A rotatividade tem de ser, já o fazíamos no passado. Quanto mais a qualidade do plantel sobe, mais temos de o fazer. Tem de haver corpos e mentes frescas. Eles são competitivos entre eles e isso aumenta a qualidade, ninguém fica desmotivado. Claro que há jogadores que têm jogado menos e outros que têm jogado quase sempre, mas a capacidade que demonstram permite-me rodar e manter toda a gente fresca, indo para os jogos a pensar vencer. Em relação ao calendário, acho que até à paragem das seleções temos jogos de três pontos, mas às vezes há fases que transmitem uma mensagem para toda a gente. Vamos ter o Famalicão, tivemos jogo da Champions fora, depois temos Taça da Liga para passar à final four, depois Estrela da Amadora, City para a Champions e SC Braga fora. Temos jogos em que, se tivermos rendimento, transmite uma mensagem para toda a gente. Diria que é um mês importantíssimo".

Afirmação de Debast: "Não fiz nada de extraordinário. Tentei ler o momento do jogador e da equipa. Depois entrou com a lesão do Quaresma. Acreditamos muito nele. Não houve a mínima dúvida, só lá fora, que sempre soubemos o jogador que tínhamos ali. E ele sente isso. Quando tem oportunidade, as coisas aparecem. Acho que está num excelente momento, jogou pela seleção, estava muito cansado neste jogo. Agora todos gostam muito dele porque fintou uma pessoa e fez um passe... Para mim é igualzinho. O erro está ao virar da esquina. Nem por um momento demonstrei alguma dúvida ao Debast que não confiava nele. As coisas assim aparecem mais facilmente".

Tempo de recuperação: "Gostamos sempre de mais tempo de preparação, mas já temos muitas horas de trabalho."

Trabalho no setor ofensivo: "Passámos muito tempo nessa parte específica. Não dão muito espaço, têm uma rotina entre ala e central muito interessante. Tivemos muita atenção a isso, no posicionamento dos médios também. Foi esse o foco de hoje, é mais fácil para nós fazermos esse trabalho. Já conhecem muito bem as posições e o que queremos. Vamos defrontar uma equipa difícil, um treinador difícil, num campo muito difícil. Mas estamos no momento em que temos de ganhar os jogos difíceis".

Renovação com o Sporting: "Não. Estou focado no jogo, não vou dizer nada nem ter qualquer comentário. O foco está no jogo".

Sente-se um treinador invejado pelos adversários na Liga? "Invejado na estabilidade que tenho, em Portugal ninguém tem. No mundo também é difícil encontrar, mas a verdade é que tenho uma estabilidade que nenhum treinador tem. Ganhámos numa altura em que nos deu um aura diferente, mas depois foi-nos permitido errar em muitas situações. Não há nenhum treinador com a estabilidade, a qualidade de trabalho, a capacidade para manter os jogadores... Estou longe de decidir tudo aqui, mas sinto que sou ouvido em todas as decisões. De certeza que sou invejado por todos os treinadores nesse sentido. Mas não vamos passear na Liga, isso é certo. Há oscilação quando nos faltam jogadores, mas não há oscilação na qualidade. Temos uma sequência muito difícil, vai ser duro, mas estamos aqui para vencer".

Ciclo com Famalicão, Estrela da Amadora e SC Braga com clássico Benfica-FC Porto: "Não tem nada a ver com o jogo dos rivais. Claro que alguém vai perder pontos aí. Já temos uma vantagem de três pontos, mas ainda há muita história. O importante é ganhar estes jogos da principal competição para nós. São jogos complicados. Não diria pensar nos rivais, mas é um passo e uma mensagem importante para toda a gente."

Regresso de Pedro Gonçalves decisivo para blocos baixos? Obviamente que ficamos muito melhores com o Pote, mas não diria que só com ele é que conseguimos desbloquear blocos baixos. Marcus é, se calhar, o jogador com mais caraterísticas para isso. Depois, ter o St. Juste de volta também. Tem uma capacidade de carregar a bola que pode ajudar a desbloquear. Debast também, do lado direito. O Matheus Reis é se calhar o central que tem mais essas caraterísticas para se envolver com Nuno Santos. Com as peças todas, somos melhores a desbloquear qualquer bloco. O Pote é uma grande parte disso, há poucos jogadores como ele, que passam a bola para a baliza".

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