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Samu Omorodion e o Atlético de Madrid: "Passei mal, muitas noites a chorar"

Samu Omorodion, avançado do FC Porto
Samu Omorodion, avançado do FC PortoAFP
Samu Omorodion, avançado espanhol de 20 anos, que trocou o Atlético de Madrid pelo FC Porto, a título definitivo, recordou, em entrevista à agência EFE, como viveu o mercado de verão. Depois de conquistar o ouro olímpico, pela Espanha, treinou à parte nos madrilenos, viu a transferência para o Chelsea cair por terra e, à última hora, abrir-se as portas do FC Porto.

Verão complicado, apesar dos Jogos Olímpicos: "Por causa do ouro não foi tão amargo. Mas sim, foi um verão muito complicado. Quando estive no Atlético de Madrid, passei muito mal. No final, graças a Deus correu tudo bem. Se o Chelsea não deu certo, foi por algum motivo e, no final, correu tudo bem."

Atlético de Madrid: "Lá treinava à parte. Não me sentia parte (do grupo), não como jogador. Treinava e a minha cabeça dizia que não. Passei mal. Muitas noites a chorar... A minha família e a minha mãe passaram muito mal... No final, graças a Deus, tudo ficou fechado rapidamente e tomei a melhor decisão."

Atlético de Madrid deu explicações? "Não. Ninguém falou comigo e eu não falei com ninguém. Continuava a ser jogador do Atlético de Madrid, tinha de ir treinar e jogar. Já sabia a posição do clube. São coisas que acontecem no futebol e que te fazem ganhar experiência e aprender para o futuro."

Estreia na LaLiga depois de experiência em escalão abaixo: "O tempo passou muito rápido. Falo disso com os meus amigos. Às vezes não assimilamos e, quando as coisas não saem (como queremos), esquemo-nos de tudo o que passámos e não valorizamos onde estamos. E é preciso agradecer sempre a Deus, ser grato e valorizar cada minuto onde estamos e eu estou a viver um sonho. Posso viver e desfrutar do que sonhei desde pequeno."

Ídolo de infância: "Gostava muito do Samuel Eto'o. Revejo-me um pouco nele. Espero que consiga ter, pelo menos, metade da carreira que ele teve."

Sete golos em sete jogos e pré-convocado de De La Fuente: "Não estava com muitas esperanças, sou sincero. A minha família e os meus amigos estavam mais atentos. Estou muito tranquilo, sei que mais tarde ou mais cedo vai chegar a minha oportunidade. A seleção espanhola tem avançados de grande nível. Tenho de continuar a trabalhar para estar nas próximas convocatórias ou, então, nos sub-21, onde também é complicado chegar."

Estreia nas competições europeias: "Agora que estou a jogar pela primeira vez na Europa entendo o calendário apertado. O ano passado só jogava Liga e Taça, e estava bem. Agora jogo quarta e domingo, com poucos dias de recuperação, com as taças... são muitos jogos. Não somos robôs, temos de descansar. Toda a gente pensa que os dias de descanso são suficientes, mas cada jogo exige muito e temos de recuperar bem. É normal que haja tantas lesões. Uma equipa que jogue nas competições europeias faz 60 jogos. É incrível. É complicado."

Liga Portuguesa: “Há pessoas que olham para a Liga portuguesa como se fosse, com todo o respeito, um campeonato ao nível de uma terceira divisão de Espanha. Mas há jogadores de grande nível, pelos quais se pagaram muitos milhões, e há equipas com um grande nível também. Obviamente, não é a Liga espanhola, mas não se deve menosprezar a Liga portuguesa."