Bruno Lage: "Temos de voltar a reconquistar os nossos adeptos"

"Amanhã faz 20 anos que entrei nesta casa"

Apresentação: "Não haja dúvidas sobre o trabalho que vamos fazer: dedicação, motivação e energia para fazer um bom trabalho, desde os sub-11 até à equipa principal. Regresso a esta casa e ninguém sabe, mas amanhã faz 20 anos que entrei nesta casa pela primeira vez. Grande orgulho em estar de volta".

Futebol que pretende no Benfica: "Quero o futebol que os adeptos gostam de ver e que já viram durante muitos anos: um futebol ofensivo, dinâmico e divertido. Um futebol que envolva a bancada. O meu primeiro jogo foi muito isso: paixão e envolvência. Temos de começar por aí e voltar a reconquistar os nossos adeptos".

Regresso quatro anos depois: "O nosso caminho é de aprendizagem. Todas as últimas experiências foram de aprendizagem. Energia positiva e uma enorme vontade de fazer um bom trabalho. Essa é a minha energia: tirar o maior partido de toda a gente".

Mensagem para os adeptos: "Há pouco tempo, tive a oportunidade de falar com colegas vossos e fiquei com a sensação de que a minha história no Benfica não podia terminar daquela maneira. O destino quis que eu estivesse disponível para regressar agora. Tenho uma enorme vontade de trazer de volta o sentimento de ser benfiquista. É essa chama que temos de trazer imediatamente para cá. Independentemente do momento, é precisamente pelo momento que temos de nos unir. Só assim será possível alcançar o sucesso".

"Sinto-me em casa"

Promete jogar o dobro? E a frase de Amorim 'e se corre bem'? "Sou muito genuíno. Temos de olhar para pessoas de sucesso e aprender com elas, mas não vou repetir nem duplicar o que já aconteceu. Tenho uma enorme vontade de me entregar e de voltar a trabalhar para a minha casa. Sinto-me em casa. Quero fazer a equipa crescer com aquilo que os adeptos gostam de ver".

Objetivos: "A conversa com o presidente foi clara. Temos de olhar para o nosso caminho nos próximos 9 meses. O próximo passo é o treino de amanhã e, depois, o jogo com o Santa Clara. O passado recente mostra que a desvantagem para o primeiro lugar não é significativa".

Rui Costa apresenta Bruno Lage: "Uma escolha fácil e rápida"

Fazia alguma coisa diferente na primeira passagem? "Não penso muito no passado. Hoje, o Bruno Lage é diferente. Chego com cabelos brancos, o que me ajuda a ver as coisas com outra clareza. As ações ficam; é importante olhar para elas e construir um caminho de sucesso".

Família: "Vou sempre ao tapete ao falar dos meus filhos. São a coisa mais importante da minha vida. Saí de casa e dei a informação. O mais velho já sabe, e eu disse-lhe para terem orgulho no pai. Ele é um grande benfiquista, a mãe também é, e espero que os benfiquistas tenham orgulho em mim. Quem regressa é alguém com vontade de vencer. O mais importante é olhar para o futuro e conquistar mais títulos para este grande clube".

"O que prometo é ganhar, jogar bem e muito trabalho"

Pode prometer o título aos adeptos? "É isso que eu prometo: ganhar, jogar bem e muito trabalho".

Apreciação do plantel: "Sempre disse que a minha ideia de plantel era que fosse curto, competitivo e equilibrado. Vejo o plantel construído dessa maneira. Olhando para isso, acho que se fez um excelente trabalho na construção do plantel".

Quando recebeu o convite? "Não é importante. As coisas não aconteceram de imediato porque os meus agentes não estavam no país e houve um atraso. Fiz tanta questão que acontecesse hoje para marcar este início com a equipa".

O destino de Rui Costa está nas mãos de Bruno Lage? "A coisa mais importante do Benfica é o futebol profissional. Mas o mundo do Benfica é enorme, e o presidente tem feito o seu trabalho para dar continuidade ao que iniciou há muito tempo. Se olharmos para a história recente, nem todos começaram da melhor maneira, e o presidente começou a ganhar. O que lhe desejo é o que desejo para mim".

Como viu saídas de Neres, João Neves e Marcos Leonardo? "Qual é o clube que tem conseguido manter no quadro os seus melhores atletas? O mais importante é olhar para o plantel e sentir que está ajustado e competitivo. O Neres e o Marcos não conheço, assim como não conheço o Neves. Quando se vê um atleta deixar a casa, é sempre motivo para nos sentirmos realizados, no bom sentido. O trabalho que tem sido feito na formação é importante. Por muito fácil que seja analisar as coisas de um modo sim ou não, o que acontece deste lado... há decisões que têm de ser tomadas. Não posso dizer o que se passou porque eu não estava cá, mas já vi muitos darem esse passo. Saiu o Félix com o título e saiu o Neves com o título".