Carlos Carvalhal: "Uma derrota pesa, uma derrota com o rival pesa o dobro"
Os bracarenses perderam na última ronda, em casa, com o Vitória SC (2-0), primeira derrota da temporada que sucedeu ao empate (0-0) com o Gil Vicente, sendo que, para o treinador, o jogo em Barcelos tem a atenuante de a equipa ter jogado poucos dias antes na Europa, com o Rapid Viena.
“Não vamos escondê-lo, uma derrota pesa, uma derrota com o rival pesa o dobro. Toda a gente cai na vida e isto é para quem se levanta o mais rápido possível. Foi esta a mensagem que passámos aos jogadores e esperamos uma boa reação com o Nacional”, disse, na conferência de imprensa de antevisão.
Carlos Carvalhal admitiu esperar um “jogo difícil” na Madeira, diante de “uma equipa muito bem organizada e que tem um bom treinador, com muito mérito subiu à Liga e reforçou-se bem”.
“Não há jogos fáceis na Liga portuguesa, o nosso objetivo é jogar para ganhar e reagir rapidamente, essa é a palavra de ordem, reagir, dar uma imagem completamente diferente da que demos no último jogo, e entrar na nossa esteira”, reforçou.
Questionado sobre se a equipa estará órfã de um jogador com a experiência de João Moutinho, ainda lesionado, o técnico frisou que há três outros médios no plantel, Vítor Carvalho, André Horta e Zalazar e “dois aspirantes”, Thiago Helguera e Gorby, notando que “dois estão de fora”, referindo-se às lesões de Moutinho e Zalazar.
“Claro que com o Zalazar, o Bambu e o João Moutinho estaríamos mais fortes”, reconheceu.
O treinador revelou estar mesmo “com alguma ansiedade positiva de recuperar” os jogadores da defesa, para poder “introduzir dinâmicas diferentes, mais ousadas que no passado”, nomeadamente optar por uma linha de três, considerando ter jogadores com essas características, “rápidos para jogar com 60 metros nas costas e com capacidade de organização para desmembrar os adversários”.
Questionado sobre se a equipa terá um défice de referências, dadas as saídas de vários jogadores experientes, Carlos Carvalhal lembrou a anterior passagem pelo clube, com duas épocas, para fazer um paralelismo com o atual momento.
“No primeiro ano, a equipa estava oleada, acrescentámos valor e fizemos um ano absolutamente fantástico. No segundo, foi completamente diferente, fruto da necessidade de sustentabilidade do clube (saíram alguns jogadores), apostou-se mais na juventude e fizemos um ano bom, mas não tão bom como o outro”, disse.
Para o treinador, esta época tem algumas semelhanças com o segundo ano, com muitos jogadores novos, “que vão cometer erros, perfeitamente normais, aqui e ali que podem custar pontos, mas a tendência é para melhorar”.
Rafik Guitane e Gharbi, dois dos últimos reforços, “estão cada vez melhores e mais adaptados” e estão convocados para o jogo com os insulares.
Robson Bambu, João Moutinho, Zalazar (lesionados) e Arrey-Mbi (castigado) estão fora das opções.
SC Braga, sétimo classificado com oito pontos, e Nacional, 15.º com quatro, defrontam-se na sexta-feira, a partir das 20:15, no Estádio da Madeira, num jogo que vai ser arbitrado por Hélder Malheiro, da associação de Lisboa.