Cinco jogadores que desceram de divisão e merecem continuar na Liga Portugal
André Vidigal (Marítimo)
Recrutado ao Fortuna Sittard, dos Países Baixos, no início da época 2021/22, André Vidigal apresentou um bom rendimento na Madeira, apesar de não ser um avançado que marque muitos golos ou colecione várias assistências.
73 jogos, nove golos e três assistências em duas temporadas são uma boa amostra para o extremo - também pode ocupar uma posição central no ataque - que foi uma das figuras de destaque dos insulares. A descida de divisão faz com que Vidigal tenha de terminar mais cedo o contrato que tem até 2024 com o Marítimo, tendo já sido confirmado como reforço do Stoke City, de Inglaterra.
Bruno Almeida (Santa Clara)
A temporada não foi positiva para os açorianos, mas Bruno Almeida precisou apenas de uma campanha para mostrar toda a sua valia na Primeira Liga. Depois de quatro temporadas e meia ao serviço do Trofense, o extremo deu o "salto" e chegou ao Santa Clara por empréstimos.
Caracterizado pela aceleração e um pé esquerdo letal, Bruno Almeida é um extremo que prefere atuar na direita, flanco em que tem maior capacidade para desequilibrar a defesa adversária. Em termos estatísticos, atuou em 22 partidas dos açorianos na Liga, marcou um golo e fez três assistências. Estes números e as boas prestações levaram o Santa Clara a adquirir o seu passe em definitivo.
Bruno Xadas (Marítimo)
Apontado como um dos grandes talentos da sua geração, Xadas não conseguiu agarrar um lugar na equipa do SC Braga e, em 2021, aterrou no arquipélago da Madeira. Desde então agarrou a titularidade e é por ele que passa o sucesso - e a falta dele - do ataque maritimista.
Falamos de um jogador criativo, com qualidade técnica, forte nos duelos um contra um, e que, para além disso, é exímio no último passe. Bruno Xadas é o típico número 10, posição que está em "extinção" no nosso campeonato, pelo que pode ser um bom reforço para a maioria das equipa da Liga.
Jordan Holsgrove (Paços de Ferreira)
O médio escocês chegou ao nosso país no início da presente temporada, oriundo dos espanhóis do Celta de Vigo, e começou a destacar-se desde cedo, terminando a época como um dos principais ativos dos pacenses.
A lesão sofrida no início da época dificultou a prestação de Holsgrove, mas assim que ganhou a titularidade, nunca mais a largou. Com contrato até 2025, o jogador de 23 anos precisou apenas de alguns meses para mostrar toda a sua qualidade. Na retina fica a exibição de grande qualidade frente ao Estoril Praia - esteve envolvido nos três golos pacenses. O futuro passa agora pelo Olympiacos, da Grécia.
Nico Gaitán (Paços de Ferreira)
Longe vão os tempos em que o argentino espalhava magia pelos relvados nacionais com o seu brilhante pé esquerdo e ajudava a sua equipa a conquistar títulos. Os 35 anos não perdoam e, apesar de continuar a ser um mago com a bola nos pés, Gaitán está na fase descendente da carreira. Ainda assim, acreditamos que tem tudo para continuar na Liga.
Com o passar dos anos e consequente perda de velocidade, o argentino deixou de jogar nas linhas e passou para uma área mais central do terreno de jogo, embora César Peixoto o tenha mantido na direita em algumas partidas desta temporada.
Além de toda a sua inegável qualidade, outro dos fatores - provavelmente o mais importante - que pode pesar na saída de Nico Gaitán de Paços de Ferreira é o seu elevado salário. Com a descida à Liga 2 fica mais complicado para os pacenses conseguirem manter um jogador deste calibre.