Clássico: Dragão intermitente tem esbanjado muitos pontos
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Na última ronda, Evanilson, o melhor marcador dos portistas no campeonato, assinou o seu 10.º golo e parecia encaminhar os dragões para o segundo triunfo seguido, mas, em tempo de compensação, o Gil Vicente resgatou o empate em casa (1-1).
Este tem sido o fio condutor do FC Porto na Liga – em contraste com o bom desempenho na Liga dos Campeões, em que está a disputar os oitavos de final -, que, antes de ceder pontos em Barcelos, tinha empatado em casa com o Rio Ave (0-0), perdido em Arouca (2-3) e vencido na receção ao Estrela da Amadora (2-0).
Após 23 jornadas, a formação comandada por Sérgio Conceição tem já mais derrotas do que em todo o campeonato passado (quatro contra três) e o mesmo número de empates (quatro), quando ainda faltam realizar 11 encontros.
De resto, sofreu golos em 14 jogos na prova e ainda não conseguiu uma sequência de mais do que três vitórias consecutivas, algo que não sucedia desde 2009/10, quando os dragões ficaram na terceira posição da Liga, precisamente a que ocupam agora.
O golo sofrido aos 90+4 minutos diante dos gilistas contrasta com o que sucedeu no arranque da época, em que, em vez de perder pontos em tempo de compensação, o FC Porto acabou por conquistá-los para lá da hora, precisamente, em quatro das primeiras seis jornadas.
A estreia com o Moreirense (2-1), ainda que dentro do tempo regulamentar, foi alcançada com reviravolta, mas na segunda e terceira rondas foi preciso o experiente Iván Marcano emergir como herói no tempo extra, para garantir triunfos sobre o Farense (2-1), aos 90+10 minutos, e sobre o Rio Ave (2-1), aos 90+4, sendo que em Vila do Conde o central consumou a reviravolta que Galeno tinha iniciado aos 90+1.
Na receção ao Arouca, os portistas apenas resgataram um empate (1-1) aos 90+18 minutos, por Evanilson, algo que não foi necessário na Amadora (1-0), mas que foi novamente replicado perante o Gil Vicente, no Dragão, quando Stephen Eustáquio assegurou, aos 90+1, a vitória por 2-1.
Ainda que a viver numa aparente corda bamba no arranque da Liga, a primeira derrota só surgiu à sétima jornada, na visita ao Estádio da Luz, onde Di María resolveu a favor do Benfica (1-0) um clássico em que os azuis e brancos viram Fábio Cardoso ser expulso aos 19 minutos.
Os triunfos sobre Portimonense e Vizela, sem golos sofridos, mantinham o FC Porto a três pontos do primeiro lugar, mas rapidamente chegaria a inesperada derrota caseira com o Estoril (0-1), à data o último, antes da segunda sequência de três triunfos, com Vitória SC, Famalicão e Casa Pia.
O segundo clássico na Liga, novamente em reduto rival, culminou num desaire com o Sporting (2-0), altura em que se começaram a fixar as distâncias para os principais opositores, que desenharam oito triunfos seguidos, no caso dos leões, e sete, no caso das águias, enquanto os dragões perderam pontos no Bessa (1-1), em casa com o Rio Ave (0-0) e em Arouca (2-3).
Pelo meio, registaram, pela terceira vez na temporada, três vitórias consecutivas, com SC Braga, Moreirense e Farense (3-1), mas a igualdade caseira com os vila-condenses deu também início à pior sequência no atual exercício competitivo, culminada no último domingo em Barcelos.
O jogo FC Porto-Benfica, da 24.ª jornada, está marcado para domingo, a partir das 20:30, no Estádio do Dragão, no Porto.