Conceição admite ausência de Zaidu por sete a oito meses: "A nossa margem de erro é nula"
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Análise: "Sem muito tempo para a preparação do jogo, mas dentro da nossa base, os jogadores estão identificados com o que temos de fazer. Olhando para o Gil Vicente que está a fazer um campeonato tranquilo, vem de uma boa vitória no Estoril, com um treinador, o Vítor, que conheço bem de trabalhar comigo no Vitória SC e passou pelo Chaves, já tem alguma experiência nestas andanças e o Gil Vicente tem alguns jogadores com qualidade e experiência. Num passado recente conseguiram umas classificações interessantes. Espera-nos um jogo difícil, dentro da dificuldade da primeira Liga, que há bem pouco tempo pudemos constatar. Temos de fazer mais do que fizemos na última deslocação".
Alterações por desgaste físico: "Estou só a pensar no jogo em Barcelos, mas temos de olhar para o panorama mais à frente (jogo da Taça na quinta-feira). Pode levar-me a pensar em mudar um jogador fresco por quem está com uma fadiga acumulada. Nesse sentido, vou decidir o melhor onze amanhã, que me dá mais garantias de jogar de início, pensando única e exclusivamente no jogo com o Gil Vicente. Vocês sabem que a nossa margem de erro é praticamente nula e vemos estes jogos como autênticas finais".
Grupo convencido dessa margem de erro: "Esse é o nosso trabalho, a nossa Champions e o verdadeiro objetivo é o campeonato. A forma como trabalhamos e olhamos para os jogos tem que ser sempre igual, ambiciosa, determinada e com foco grande na nossa equipa. Todos os jogos são diferentes, temos de estar num patamar bem acima do que fizemos em Arouca para conseguir os três pontos amanhã".
Sete pontos de distância: "Sim, é verdade. Uma coisa é estar a lutar com um adversário, outra coisa é estar a lutar com dois. Após o jogo do Arouca, disse e reafirmo que aqui ninguém desiste. Sabemos as dificuldades, todos os jogos têm de ser finais e não podemos vacilar porque aí perdemos o objetivo principal que é o campeonato".
Rendimento de Galeno: "Ele tem prestações muito interessantes no campeonato, da mesma forma que tem menos boas na Champions. Isso é uma falsa questão. Tive oportunidade de responder a uma questão que era se o Galeno era senhor Champions. Os adversários são diferentes, todos, mesmo nas provas internos. O Galeno tem determinadas características, mas eu não sou daqueles que vou na onda de dizer que funciona menos com menos espaço na Liga. É preciso utilizar essas características em função do adversário. Quando há menos espaço tem que saber utilizar as características, os espaços no jogo são sempre os mesmos, os campos têm mais ou menos a mesma dimensão. Se há momentos no jogo contra o Vilar de Perdizes em que estamos a jogar baixo e temos o mesmo espaço que temos na Liga dos Campeões. Por isso, não vou nessa onda de que só joga bem na Champions porque tem espaço. É preciso que os jogadores percebam como utilizar as suas características nos momentos diferentes do jogo. Mas não estou nada de acordo com esse selo no Galeno".
Dar mais bola aos adversários internamente, como contra o Arsenal: "Nós não damos mais bola ao adversário, eles tiveram-na por mérito porque tem grandes jogadores. A pressão foi média alta na maior parte do tempo, houve momentos que defendemos mais baixo, outros que pressionámos na área adversária. Claro que é possível aplicar aqui, mas tem muito a ver com o que queremos explorar e bloquear no adversário. Tudo está ligado, os jogos não são iguais e acreditam que no próximo jogo com o Arsenal eles vão criar problemas diferentes e nós também. Agora o que interessa é o jogo com o Gil Vicente. É possível ter algumas coisas que provocamos no adversário na Liga dos Campeões aqui na Liga Portugal e já o fizemos, se tiverem atentos já houve esses jogos".
Comparação Uribe e Alan Varela: "O Varela neste momento, com o tempo que tem o FC Porto, está a um nível acima do que o Uribe. Não é o Uribe que saiu, a versão final, mas sim o Uribe no seu início. No que o Varela faz e dá à equipa, parece-me estar algo superior nesse momento. Um abraço já agora para o Uribe que foi um dos melhores médios que já treinei".
Zaidu de fora até ao final da época: "Em princípio vai ser operado na segunda-feira, está algo ansioso. É uma lesão grave e vamos ver, mas nunca inferior a sete ou oito meses de paragem. O grupo fica triste, mas solidário, é fantástico nesse sentido, ele vai sentir esse conforto da nossa parte".