Recorde aqui as incidências do encontro
Análise: "O que quero ver na minha equipa sempre, independentemente de objetivos impossíveis, como o campeonato, é representar este clube da melhor forma todos os dias que estamos aqui. Uma grande ambição, empenho, determinação. Entrámos no jogo sem brilho, sem prazer, e quando é assim, raramente a estratégia funciona. Fica mais difícil para mim entender o que fazemos. Faltou isso nos primeiros 15 minutos, as incidências do jogo acabaram por ir ao nosso encontro. Devíamos entrar no jogo de outra forma, apesar de os jogadores terem dado o seu melhor para ganhar o jogo, mas quando temos alegria as coisas ficam mais fáceis".
Jogar fora dos objetivos: "Eu joguei, estive lá dentro, estou ali todos os dias. Quando era miúdo jogava na estrada sem sapatilhas, tive as primeiras sapatilhas aos 13 anos. Hoje dentro de campo o mais velho era o Zé Pedro, no final do jogo era o Pepê (com 27 anos). A tentar jogar com amigos e filhos em casa mexo-me em grande dificuldade, mas sou competitivo e tenho uma enorme paixão pelo jogo. Não é só no FC Porto, é no geral. Parece uma profissão em que se tem um grande peso em cima, como trabalhar nas obras de manhã à noite, e não é. Somos abençoados por fazer o que muita gente gostava e não pode, por falta de oportunidade ou talento. Temos de aproveitar mais isso, independentemente das competições".
Estreia de Gonçalo Sousa: "Não é uma medalha para mim (estrear jogadores), porque eles merecem. Por diversos motivos, lesionados e castigados, olhamos para o jogo e decidimos ter o Gonçalo no banco, é mais um miúdo e fico muito contente pela estreia dele, espero que seja o primeiro de muitos jogos dele, tem um enorme talento. Mas é preciso associar esse talento a outras características para chegar ao topo e manter-se lá em cima. Também fico contente pela exibição consistente do Martim (Fernandes). Houve 11 jogadores na ficha de jogo que vieram da formação, isso deixa-me feliz e aos adeptos também, mas os adeptos olham primeiro para o resultado".
Ultrapassado pelo filho em jogos e igualado em golos: "O António Oliveira foi o grande culpado disso porque me metia a lateral, se eu jogasse mais à frente marcava mais golos (risos). É importante que a família fique ligada de certa forma a este grandíssimo clube, enche-nos de orgulho e é um prazer enorme. Como disse, contente pelo Francisco, pelo Martim, pelo Gonçalo, por todos os miúdos que aparecem e são lançados com uma resposta positiva".
Confirmação de Taremi no Inter: "Como viram hoje, é um profissional fantástico. Jogou como se tivesse 10 anos de contrato, é o que é importante. Seria uma estupidez, com um jogador de qualidade com contrato até junho, não o meter a jogar. Só por achar que vai para outro clube. Há outros jogadores que vão sair por um motivo ou outro, com mais anos de contrato, e não têm capacidade de dar tudo o que o Taremi deu e continua a dar. O futebol hoje é assim. Há vários clubes assim, em que os jogadores chegam a uma certa idade e o tem que se meter na balança. Tenho a dizer que o Taremi tem sido fantástico".