Cristiano Bacci afiança Boavista reerguido no clássico com Vitória SC: "É um jogo diferente"
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“Sabemos que é um jogo diferente e falámos toda a semana disso. Quero que a equipa mostre uma reação. Apesar de termos sido derrotados por adversários importantes e de qualidade, é importante reagir. O nosso caminho é pontuar e temos de o fazer”, reconheceu o técnico italiano, em conferência de imprensa.
Proibido de inscrever novos futebolistas há quatro janelas de transferências consecutivas, devido a dívidas, o conjunto do Bessa desceu à 16.º e antepenúltima posição, de acesso ao play-off de manutenção, na ronda anterior, ao perder nos Açores com o Santa Clara (1-0), na sequência da derrota caseira com o Benfica (0-3).
“Qualquer treinador leva coisas positivas e negativas de cada jogo, seja na derrota ou na vitória. O Santa Clara tem sido uma das equipas mais valorosas do futebol português - e a classificação mostra-o -, mas conseguimos estar ligados até ao fim. Ainda por cima, eles são muito fortes a contra-atacar quando o adversário está em desvantagem, mas fomos exemplares nisso e sofremos poucas transições a tentar chegar à baliza contrária”, notou.
A derrota em Ponta Delgada marcou a reestreia do guarda-redes brasileiro César, que não jogava desde novembro de 2022 e regressou há três semanas ao Boavista como jogador livre, após o habitual titular João Gonçalves e o compatriota Luís Pires terem sofrido no mesmo treino roturas ligamentares dos joelhos direito e esquerdo, respetivamente.
César substituiu Tomé Sousa, de 17 anos, que tinha assumido a baliza nos dois desafios anteriores, tornando-se o quarto guarda-redes mais jovem de sempre a atuar na Liga.
“Os guarda-redes precisam de mais tempo para se adaptar e, quando não jogam, é mais difícil voltarem. Tendo isso em consideração, o César fez um bom jogo. Esteve sempre ligado e a sua concentração foi máxima. É normal que tenha de melhorar a ligação com os companheiros, mas isso faz parte e estou contente com aquilo que demonstrou”, avaliou.
Ciente de que o lado mental desempenhará “um papel muito importante” em Guimarães, Cristiano Bacci relativizou o eventual desgaste do Vitória, que vem de um triunfo caseiro sobre os eslovenos do Celje (3-1), na abertura da fase regular da Liga Conferência.
“Eles têm opções e não duvido de que irão apresentar o melhor onze possível. Jogaram na quarta-feira e têm muito tempo para chegar bem ao jogo”, frisou, visando a primeira vitória do Boavista no recinto minhoto desde 2000/01, época do inédito título axadrezado.
Rodrigo Abascal e Manuel Namora deverão continuar a acompanhar João Gonçalves e Luís Pires no boletim clínico, do qual saiu o influente médio Miguel Reisinho na semana passada, ao ser suplente utilizado frente ao Santa Clara, antecipando em um mês recuperação de uma lesão no ombro direito.
“É normal que tenha puxado por si mesmo para voltar o mais rápido possível, porque precisamos de todos os jogadores. Ele sabe disso e fez o possível, com ajuda do departamento médico, que foi fantástico”, lembrou Cristiano Bacci.
As panteras não marcaram nos últimos dois jogos e têm sentido a quebra do avançado eslovaco Róbert Bozeník, unidade axadrezada mais preponderante em 2023/24, com 10 golos e duas assistências em 34 partidas, mas ainda em branco esta época.
“Ele é o primeiro a saber que pode e tem de melhorar, até pela sua qualidade. Está a trabalhar muito e a melhorar mentalmente, e a equipa tem ajudado. Acho que em breve voltará a ser o jogador que todos os boavisteiros conhecem”, afiançou.
O Boavista, 16.º e antepenúltimo classificado, com cinco pontos, visita o Vitória SC, sexto, com 13, no domingo, às 15:30, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, em encontro da oitava jornada da Liga Portugal, sob arbitragem de Luís Godinho, da associação de Évora.