Cristiano Bacci satisfeito pela evolução mental do Boavista nas adversidades
Acompanhe as incidências da partida
"Falei desde o início na situação mental, que, na minha opinião, é mais importante do que a tática e a técnica. Nesse sentido, a equipa melhorou muito e todos pensam da mesma forma, seja a defender, seja a atacar. Podemos melhorar, mas estou satisfeito", apontou o treinador italiano, em conferência de imprensa.
Impedidos pela FIFA de inscrever novos jogadores há quatro janelas de transferências consecutivas, devido a dívidas, os axadrezados continuam sem poder utilizar os reforços Ibrahim Alhassan e Bruninho, que foram oficializados em julho, numa altura em que restam 10 dias para o encerramento do mercado.
"O respeito pelo adversário é sempre o máximo, mas temos de pensar na nossa ideia de jogo e em onde e como é que podemos aproveitar as falhas contrárias. É isso que trabalhámos durante a semana para aplicar nos jogos", apontou Cristiano Bacci, que repetiu o onze inicial nas duas partidas oficiais cumpridas em 2024/25 e levou oito jogadores sub-21 em nove possíveis para o banco de suplentes na última jornada do campeonato.
O Boavista tinha iniciado a temporada com um triunfo sobre o Casa Pia (1-0), em Rio Maior, antes de perder na receção ao SC Braga (1-0), deixando o conjunto de líderes da prova reduzido ao campeão nacional Sporting, ao FC Porto, ao Moreirense, ao Vitória SC e ao Famalicão, todos com duas vitórias.
"Às vezes, o futebol é matemática, no sentido em que a equipa do Famalicão mudou pouco desde a época passada e, por isso, tem uma base forte de jogadores, que se conhecem bem uns aos outros. Isso torna tudo mais fácil para o treinador, com certeza. Eles começaram muito fortes e ganharam ao Benfica (2-0 em casa) e ao Estrela da Amadora (3-0 fora). Será sempre um jogo difícil, tal como sabemos que vão ser todos os encontros da Liga", sustentou.
Cristiano Bacci descartou fazer comparações com a temporada anterior, quando os axadrezados minimizaram o impacto das restrições da FIFA com o seu melhor arranque de campeonato no século XXI, fruto de quatro vitórias e um empate nas cinco primeiras jornadas, apesar de terem confirmado a permanência apenas na 34.ª e última ronda, após uma grande penalidade convertida já aos 90+11 minutos da receção ao então despromovido Vizela (2-2).
"Antes de tudo, temos de ser sinceros: não podemos comparar a época passada com esta. Não é difícil de entender isso. A equipa é diferente. Não estou aqui a explicar outra vez a forma como trabalhamos e as limitações que temos, mas é impossível fazer uma comparação e acho que não é justo. Cada jogo é importante para nós e vale três pontos. Em casa ou fora, vamos tentar ganhá-los todos", afiançou.
O guarda-redes brasileiro Luís Pires mantém-se indisponível, por lesão, enquanto o médio colombiano e capitão Sebastián Pérez, que foi suplente utilizado nos embates com Casa Pia e SC Braga, "ainda não está a 100%" e tem sido gerido fisicamente "para que possa chegar à melhor forma", na sequência de uma pré-temporada afetada pela integração tardia nos trabalhos e por uma mialgia na coxa esquerda.
O Boavista, nono classificado, com três pontos, visita o Famalicão, integrado no quinteto de líderes, com seis, no sábado, às 20:30, no Estádio Municipal de Famalicão, em Vila Nova de Famalicão, em encontro da terceira jornada da Liga, sob arbitragem de David Rafael Silva, da Associação de Futebol do Porto.