Daniel Bragança e o papel de capitão no Sporting: "Tens de ter um bocadinho mais de responsabilidade"
Daniel Bragança, que em 2023/24 usou a braçadeira algumas vezes, por indisponibilidade dos capitães (Coates, Adán e Neto), explicou que apesar de assumir o estatuto, as palavras de motivação antes dos jogos, em pleno balneário, podem ser feitas por qualquer um.
"Já usei a braçadeira mas não sou capitão. Não estou na hierarquia, eles é que não estavam todos (em campo). Não, foi igual, simplesmente tens de ter um bocadinho mais de responsabilidade dentro de campo, se acontecesse alguma coisa tens de ir falar com o árbitro", explicou.
O médio do Sporting revelou ainda que, quando foi capitão, não discursou para os seus companheiros antes do início da partida, no balneário.
"Não, não, não, dei o grito só. Normalmente fala sempre o Neto, o Seba, depois fala o mister, já estava muita coisa falada, já não havia aquela necessidade de falar. Aproveitei o momento de não falar, dei só o grito e vamos jogar", acrescentou.
"O Seba (Coates) fala muitas vezes, há outras vezes que não fala. Às vezes o mister fala tudo ou o Neto, quando estamos ali a preparar as caneleiras, as meias, a apertar as botas. Aquela motivação final... qualquer um pode falar. Uns sentem-se mais à vontade, outros menos, mas isso faz parte", explicou Daniel Bragança, assumindo que, se fosse para ele falar, sentiria necessidade de preparar um discurso.
"Eu ensaiaria. Não em casa frente ao espelho, mas umas horas antes do jogo começava a pensar no que tinha de dizer e o que não tinha. Na entrevista rápida não tens tempo, mas também vais aí para falar do jogo", assumiu.
Já Ana Borges, capitã da equipa feminina do Sporting, revelou que não é hábito participar nesses discursos, mas que motiva as suas companheiras momentos antes dos jogos.
"Eu normalmente falo mais quando estamos no campo, dentro do balneário é normalmente só a Mariana (treinadora) a falar. Não é de gostar ou não gostar, às vezes o capitão é a voz do plantel", explicou.