Recorde aqui as incidências do encontro

Os arouquenses, em bom momento de forma desde a chegada de Daniel Sousa ao comando técnico, apesar da derrota na última jornada com o Casa Pia, voltaram a apostar no mesmo onze. Por outro lado, o Famalicão voltou às vitórias no último jogo, fez regressar Nathan e Lacoux ao onze, em detrimento de Martin Aguirregabiria e Topic.

Entrada em falso

Foi também um jogo especial para David Simão, já que o capitão tornou-se o jogador com mais jogos disputados em competições profissionais do Arouca, ultrapassando Nuno Coelho, com 175 partidas.

No entanto, os lobos entraram algo apáticos no encontro e o Famalicão tirou o máximo proveito possível, colocando De Arruabarrena em trabalho logo aos quatro minutos, a cabeceamento de Lacoux. Logo depois, Cádiz acabou mesmo por marcar na sequência de um canto, mas o golo foi anulado por mão na bola do avançado.

O venezuelano estava determinado a ser figura no encontro e acabou por apontar o golo inaugural, aos 12 minutos, aproveitando o passe de Sorriso para rematar forte e rasteiro, num lance em que o guardião poderia ter feito melhor. 

Um tratado de transição

Com o passar dos minutos, os arouquenses começaram a crescer e a chegar com perigo à baliza de Luiz Junior, primeiro por Tiago Esgaio, depois por Mujica.

O grande perigo, porém, é quando os três da frente têm espaço para correr e criar. Foi isso que aconteceu, aos 33 minutos, quando Pedro Santos lançou Mujica pelo flanco esquerdo, o espanhol trabalhou bem, esperou por apoio, serviu Morlaye Sylla que rematou ao primeiro poste e apanhou o guarda-redes em contra-pé para igualar a partida.

À exceção de um pedido de grande penalidade por mão de Montero, o Famalicão viu-se amarrado apesar das tentativas de Gustavo Sá, Chiquinho e Cádiz mexerem com os companheiros. Os famalicenses espreitaram o ataque, descuraram a defesa e nova transição fez a diferença e a reviravolta em cima do intervalo.

Em dia de festa, David Simão fez um grande passe a atravessar o campo para Jason, o espanhol, de primeira, aproveitou para isolar o compatriota Cristo que, de também de primeira e com um toque subtil, desviou de Luiz Junior para o 2-1.

Uma reviravolta, não sõ no resultado, mas na forma como as equipas se apresentaram em campo, do apito inicial até ao descanso.

Forma temporária, classe permanente

Sem alterações no regresso dos balneários, voltou a ser a turma de João Pedro Sousa a entrar mais motivada. Depois de servir como um relógio suíço durante toda a primeira parte, Gustavo Sá colocou mãos à obra pelo flacno esquerdo, beneficiou da passividade de Weverson e, com um remate que ainda desviou em Robson Bambu, restabeleceu a igualdade.

O relvado deteriorava-se rapidamente, tornando cada vez mais difícil um jogo vistoso, com bola pelo chão e passes rápidos. Ainda assim, ao alcance de quem tem unhas - ou, neste caso, pezinhos - para tocar guitarra. Se há pouco brilhou o miúdo, o veterano David Simão, em dia de festa, mostrou que também sabe dar música, com um grande passe de pé esquerdo que isolou Mujica, o espanhol fintou Luiz Junior e fez o 14.º golo na prova.

Triste final de jogo

Pouco se jogou daí para frente, com muitas paragens no encontro e punições disciplinares para o banco famalicense, até que, aos 83 minutos, Montero foi expulso com cartão vermelho direto, mas apenas momentaneamente, já que depois de consultar o monitor, optou por mostrar amarelo a Cádiz por simulação, que deixa o avançado de fora do próximo jogo.

Pouco depois, aconteceu o oposto, mas em desfavor dos famalicenses. Acabado de entrar, Puma Rodríguez deu uma cotovelada em Weverson, o árbitro consultou o monitor e trocou o amarelo inicial pelo vermelho direto.

Homem do jogo Flashscore: David Simão (Arouca).