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Dérbi resolvido à bomba: Sporting vence Benfica nos descontos e fica mais perto do título

Hugo Filipe Martins
Atualizado
Sporting venceu Benfica em Alvalade
Sporting venceu Benfica em AlvaladeLUSA, Opta by Stats Perform
Quatro pontos de vantagem e um jogo a menos. Ainda nada está decidido, mas o Sporting deu um salto de gigante rumo ao título depois de vencer um dérbi dramático frente ao Benfica por 2-1. Geny Catamo foi a grande figura da partida ao marcar nos primeiros segundos e a fechar para dar o triunfo à equipa de Rúben Amorim.

Recorde as principais incidências

Não há dérbi que não seja especial, seja no futebol ou no berlinde (ou noutro tipo de desportos mais modernos), mas há dérbis que ganham contornos dignos de uma película de Hollywood. 

As pontuações dos jogadores
As pontuações dos jogadoresFlashscore

Sem vilões, apenas dois clubes, 22 jogadores, suplentes, equipas técnicas e adeptos em lados opostos à procura de objetivos em comum, mesmo que seja mais aquilo que os separa do que o que os une.

Distanciados por apenas um ponto numa altura em que o filme da Liga Portugal se aproxima da reta final, Sporting e Benfica sabiam que tinham aqui, muito provavelmente, o jogo do título - ainda que um empate adiasse essa distinção para um outro palco em que os dois rivais nem se encontrassem diretamente.

Na frente da Liga Portugal praticamente toda a temporada, sempre com uma vantagem muito ténue para o rival eterno, qual Rocky e Drago, o Sporting partia mais confiante para a partida, não só por causa dessa vantagem, mas também pelo apuramento para a final da Taça de Portugal.

As estatísticas da partida ao intervalo
As estatísticas da partida ao intervaloOpta by Stats Perform

O regresso de Pedro Gonçalves era um dos pontos que faltava para que o Sporting chegasse por cima a este dérbi. O outro era... o golo.

Nem um minuto tinha passado e já o Sporting estava em vantagem, depois de uma jogada individual de Pedro Gonçalves resultar no golo de Geny Catamo (1'), solto ao segundo poste após desvio infeliz de Trubin.

Um dérbi mexe com as emoções, mas um dérbi com um golo em menos de 50 segundos agitaria até o mais calmo dos adeptos. Por isso, não foi surpreendente que o Sporting baixasse linhas para procurar explorar a profundidade e o Benfica tivesse mais bola e procurasse a baliza de Franco Israel. Pelo meio, quezílias próprias da importância do jogo.

Menos própria, porém, foi a arbitragem de Artur Soares Dias. Às vezes mal auxiliado, outras vezes precipitado, podia perfeitamente ter sido pedagógico em vez de mostrar amarelo a Otamendi e Hjulmand por uma discussão mais acesa, mas deveria ter sido bem mais ativo quando Di María tocou no rosto de Pedro Gonçalves com o punho. No mínimo, exigia-se o amarelo. O experiente árbitro, depois de ter mostrado critério distinto junto à área benfiquista, ficou-se pelas conversa com o campeão do mundo pela Argentina. Na segunda parte, a falta de critérios foi exatamente a mesma. 

Entre arrancadas de Gyokeres, uma delas que por pouco não resultou no golo de Trincão, e remates de fora da área do Benfica, a partida arrastou-se para o intervalo e foi aí que o jogo virou. Depois de Coates desperdiçar uma jogada ensaiada ao segundo poste, o Benfica ganhou uma falta em cima do intervalo. Di María, com um pé esquerdo bem mais pausado do que o temperamento, colocou ao segundo poste, onde Bah (45'+2) ganhou as costas a Matheus Reis, já a pensar no intervalo, para fazer o empate.

É um dos chavões do futebol. Todos sabem que um golo ao intervalo muda tudo, geralmente a favor da equipa que o marcou, mas desta vez o caso foi diferente. Ao contrário da primeira parte, a segunda foi mais dividida e teve intervenientes distintos. Coates foi o principal do lado do Sporting, ao tirar um golo a David Neres em cima da linha de baliza.

No Benfica, o herói era nórdico, tal como Gyokeres, mas vinha da Noruega, como o bacalhau. Se António Silva e Otamendi tiveram dificuldades para lidar com o avançado, o médio secou o sueco em momentos decisivos, contrariando dois contra-ataques que pareciam letais, até que o multifacetado jogador benfiquista conseguiu o corte. 

Quando não o fez, foi a trave de Trubin, numa espécie de throwback do jogo da Taça, que evitou um golaço ao avançado leonino, naquela que foi também a melhor fase do Sporting, se ignorarmos os primeiros 50 segundos.

No momento das alterações, cada um utilizou as suas armas. Amorim geriu a situação de Pedro Gonçalves e corrigiu as exibições de Morita e Gonçalo Inácio, enquanto Roger Schmidt procurou, sobretudo, refrescar para atacar a etapa final, numa altura em que se sentia que os encarnados voltavam a estar por cima do jogo.

A incerteza do resultado e a importância da partida deixou os nervos para os minutos finais. Franco Israel tirou um golaço a Di María com uma grande defesa, mas o melhor ficou mesmo guardado para o fim.

Daniel Bragança saiu do banco para trazer disnercimento à equipa de Rúben Amorim, mas podia também ter acrescentado a isso três pontos decisivos em duas ocasiões praticamente consecutivas - João Neves evitou a primeira, Bragança falhou a segunda de forma escandalosa.

Só que, quis o destino que o lance seguinte deixasse os sportinguistas aos saltos e Geny Catamo em lágrimas. Depois de abrir o dérbi em grande estilo, apareceu para a ressaca do canto, encheu o pé direito de fé e não deu hipóteses de defesa a Trubin. Para o Benfica, apesar de um último esforço após um canto, o jogo acabou aí, mas não sem que Schmidt ficasse sem Aursnes para o próximo jogo, depois de o norueguês ver o segundo amarelo.

O Sporting leva os três pontos, fica com quatro de vantagem sobre o Benfica e ainda com um jogo a mais para disputar. O filme ainda não acabou, mas a não ser que as próximas cenas nos tragam uma enorme surpresa, o desfecho final começa a ficar previsível.

As estatísticas no final do encontro
As estatísticas no final do encontroOpta by Stats Perform

Homem do jogo Flashscore: Geny Catamo (Sporting)

Os números de Geny Catamo
Os números de Geny CatamoLUSA/Opta by Stats Perform