Desvio para a salvação: Chaves entrega lanterna-vermelha ao Vizela com um autogolo
Recorde aqui as incidências do encontro
No duelo entre os dois últimos classificados, nortenhos e transmontanos sabiam que uma vitória daria um impulso fulcral para a manutenção, uma derrota tornava muito difícil a permanência na Liga Portugal e um empate não servia a ninguém. Ruben de la Barrera mexeu em cinco peças, com destaque para a titularidade do guarda-redes Francesco Ruberto.
Cientes da importância da partida, as duas equipas entraram com a mira apontada à baliza contrária, com sinal mais para a entrada dos anfitriões que ameaçaram por duas vezes nos primeiros instantes, primeiro com Sava Petrov a colocar Hugo Souza à prova, depois Lebedenko a cabeceou ao lado e, por fim, Busnic falhou o desvio ao segundo poste depois de uma má saída do guarda-redes.
Um mal nunca vem só
Recolhidos no seu próprio terço, os flavienses espreitavam as transições rápidas para ferir o adversário e numa delas valeu o pronto-socorro de Anderson Jesus a evitar o golo certo de Hector Hernández. Na outra baliza, brilhou Hugo Souza com uma grande defesa ao remate muito colocado de Sava Petrov.
O jogo estava bom e muito bem disputado, só faltava o golo. À passagem da meia hora, o Chaves aproveitou para sair em contra-ataque, Tomás Silva teve um corte fundamental à entrada da área, mas a bola sobrou para o remate muito torto de Kelechi, que desviou em Jota e traiu o italiano Ruberto. Além do golo sofrido, os vizelenses perderam o médio Busnic, por lesão, no mesmo lance.
Pouco depois, os anfitriões ficaram a pedir grande penalidade, mas indiferentes a isso, os flavienses saíram em contra-ataque e João Correia apareceu na cara de Ruberto, atirando ao lado. Dois minutos depois, nova fuga do lateral que, desta vez, em superioridade numérica hesitou entre o passe e o remate e perdeu a oportunidade de ampliar. Em cima do intervalo, Hector saltou mais alto num canto e cabeceou a centímetros do poste.
Longe de ser inferior, a verdade é que o Vizela perdeu algum fulgor a partir da desvantagem, enquanto o Chaves demonstrou que conseguia ser perigoso mesmo cedendo a posse de bola. Ainda antes do descanso, nova contrariedade para a turma da casa, devido a lesão aparantemente grave de Sava Petrov, que estava a ser a melhor figura da equipa.
O reatamento trouxe Domingos Quina no lugar do avançado sérvio e mais uma grande oportunidade para João Correia. Intratável, o lateral deixou três adversários para trás e seguiu isolado para a baliza, mas no cara a cara com Ruberto, o guardião levou a melhor com uma grande defesa.
Muito apito, pouco futebol
Tudo o que de bom aconteceu para o adepto neutro na primeira parte, perdeu-se na segunda. Muitas paragens, poucos ataques, discussões, amarelos e tempo perdido. De futebol pouco havia a dizer, a não ser que o Chaves sujeitava-se a sofrer ao querer colocar o jogo no congelador e a entregar as responsabilidades ao Vizela... algo que já tinha acontecido com o Portimonense.
Só que os vizelenses não conseguiam furar a muralha, só Samu se consegiu intrometer na grande área para um cabeceamento fraco e ao lado, antes de sair lesionado depois de um choque com o colega Anderson.
Pouco mais aconteceu até ao apito final, a preocupação e frustração dos adeptos caseiros pareceu afetar e bloquear os jogadores, enquanto os flavienses trancaram os caminhos para a sua área e garantiram três pontos muito importantes.
Homem do jogo Flashscore: Ygor Nogueira (Chaves).