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Diogo Costa e a Supertaça: "Quando sofri o terceiro não acreditava que íamos ser capazes de dar a volta"

Diogo Costa ergue a Supertaça
Diogo Costa ergue a SupertaçaFC Porto
Numa grande entrevista à revista Dragões, o guarda-redes do FC Porto abordou o início da carreira, o assumir do número de Vítor Baía, falou do futuro e lembrou a Supertaça de Portugal.

Guarda-redes: “Houve um dia em que faltava um guarda-redes e deram-me a ideia de experimentar uma posição nova. Na altura, o meu pai jogava à baliza com os amigos, nos veteranos. Com o tempo fui-me adaptando e ainda bem que o fiz. Se calhar já tinha as características de um guarda-redes e com o tempo fui aprendendo a gostar”.

Escolinhas do Benfica: “Depois o Mundialito, um torneio em Monte Gordo, que surgiu o convite. Lembro-me que não queria ir por ser o Benfica, admito, mas acabei por encontrar maior competitividade e gostei da exigência. A minha família é toda portista, imaginem um miúdo ouvir a palavra Benfica. Não era do meu agrado, mas ainda bem que fui e o FC Porto reparou em mim nessa altura. Disse logo que sim, fiquei muito feliz”.

Jogar à baliza: “O nosso nível emocional tem que ser muito forte, não nos podemos esconder e devemos sempre arriscar. Na vida temos que ir atrás dos nossos sonhos, mas é o lado psicológico, a nossa cabeça tem que estar muito forte. Trabalho com os nossos psicólogos, a Vera e o Luís André, e também me preocupo com tudo o resto, nomeadamente treinar, dormir e alimentar-me bem. Tudo isso é importante para sermos profissionais”.

Guarda-redes mais valioso do mundo: “Obviamente que é um motivo de orgulho, mas faço com que me passe ao lado, porque não devo ligar muito a isso. Fico muito feeliz e honrado por ser reconhecido, mas na minha cabeça isso só exige mais trabalho e obriga a elevar a fasquia para tentar superar os 45 milhões”.

Ídolos: Casillas é um dos. Sempre gostei muito do van der Sar e do Neuer. Com o passar do tempo também passei a gostar do Oblak, de quem ainda gosto imenso. São esses os meus principais ídolos. O Vítor Baía é um símbolo do clube com quem sempre me identifiquei e o Helton com quem aprendi muito quando vim para o FC Porto”.

Número 99 na camisola: “Quando veio o Marchesín eu não era o guarda-redes principal, nem iria ser, e achava que não poderia ser eu o número 1, por isso disse que podia ficar com o 31, que usava na equipa B. Uns dias depois, o Vítor Baía veio falar comigo e deu-,e a ideia de usar o 99. Fiquei a pensar: ‘A sério? Vais-me deixar usar o teu número?’. A resposta dele foi: ‘És um guarda-redes muito parecido comigo e quero que também sejas um símbolo do clube, por isso é com muito orgulho que te dou o número’. Aceitei logo com todo o gosto e fiquei-lhe muito grato”.

Diogo Costa ao serviço do FC Porto
Diogo Costa ao serviço do FC PortoFC Porto

Adversário mais complicado: “Admiro muito o Cristiano Ronaldo, é uma máquina de fazer golos e um finalizador incrível. Tem uma forma incrível de olhar para a baliza e tentar marcar o máximo de golos possível. Talvez seja o jogador que mais problemas me causa, porque consegue colocar a bola com imensa força e rapidez co mo pé direito, esquerdo e a cabeça. É um matador e, na minha opinião, o avançado mais difícil de defender”.

ADN FC Porto: “É o vício de ganhar. Somos um clube que vive de títulos e o vício de ganhar está no nosso ADN. É assim que o nosso clube tem de ser e é isso que todos os jogadores têm de entender. Estamos viciados em ganhar e em trazer vitórias para o clube. É a maneira mais fácil de definir o ADN do FC Porto”.

Futuro: “Obviamente que é algo que eu não me importaria (de ficar a carreira toda) e ficaria muito honrado se fizesse. Mas no futebol não se pode prometer isso, não sabemos o que vai acontecer amanhã”.

Exibição contra a Eslovénia: “Vou contar um episódio que aconteceu contra a Eslovénia, no fim do prolongamento: Os treinadores perguntaram-me se eu queria ver as probabilidades dos bateadores e eu disse que não queria. Foi muito instinto, fruto do que estava a ler do batedor no momento. Claro que também existe a técnica de saída à bola, mas foi mais o pressentimento e a experiência adquirida ao longo da vida”.

Diogo Costa brilhou com a Eslovénia
Diogo Costa brilhou com a EslovéniaAFP

Capitão do FC Porto: “Nunca esperei ser capitão tão novo, mas é um orgulho e uma honra enorme. Sempre vi os capitães do FC Porto como exemplos e fico muito grato por me verem da mesma maneira. Sinto mais responsabilidade e tento dar o exemplo, porque é uma honra enorme ser capitão do clube do meu coração”.

Supertaça de Portugal: “Eu nem acreditava. Quando sofri o terceiro golo não acreditava que íamos ser capazes de dar a volta. Sabia que tínhamos qualidade técnica e emocional para dar a volta, mas 0-3… qualquer pessoa a quem pergunte irá responder que é muito difícil, mas foi muita vontade de querer mudar o que estávamos a mostrar, houve ajustes táticas, mas conseguimos virar o resultado graças a uma atitude muito boa”.