Do dérbi com vistas para o pódio: Vitória SC vence SC Braga no clássico minhoto
Recorde as incidências da partida
Depois de ter empatado com o Gil Vicente, na última jornada, Carlos Carvalhal apostou nos regressos de Niakaté e Zalazar, recuperados de lesão. Do lado do Vitória, Rui Borges, já sem Ricardo Mangas, promoveu a titularidade de João Mendes.
Nélson deixou (só) a promessa
O dérbi começou com euforia dentro e fora do campo, depois de Nélson Oliveira, logo no primeiro minuto, atirar ao poste da baliza de Matheus. Aos 13' respondeu o SC Braga, com Gabri Martínez a cruzar, a bola a desviar em Borekovic e a obrigar Bruno Varela a defesa apertada. A alta voltagem do arranque foi baixando com o andamento dos minutos. Os corações só voltaram a palpitar já nos descontos, quando Arrey-Mbi atrapalhou-se com a bola, perdeu-a para Nélson Oliveira, que se ia isolar - o avançado vitoriano caiu na discussão do lance, ficou a pedir falta mas o árbitro mandou seguir.
Agora sim, o colorido
A segunda parte começou como a primeira, ou seja, com Nélson Oliveira a criar perigo, aos 49', com um remate acrobático mas anulado por falta ofensiva.
Dois minutos depois, João Mendes tentou o remate cruzado, que Matheus segurou. Estavam, no entanto, encontrados os dois protagonistas do golo inaugural, que chegou aos 52 minutos: Nélson Oliveira fugiu pela esquerda, cruzou e João Mendes, solto na área, encostou para fazer o 1-0 e colocar o Vitória SC na frente.
Aos 55' novamente João Mendes, desta vez convidado a marcar através de um cruzamento de Nuno Santos, ao qual chegou ligeiramente atrasado.
Cabeça perdida
Depois de ter assistido João Mendes para o 1-0, aos 56 minutos Nélson Oliveira teve a experiência para, num lance com Arrey-Mbi, encostar a cabeça ao central alemão e "esperar" a agressão do defesa. Amarelo para o avançado, vermelho direto para o central do SC Braga, em desvantagem no marcador e em número de jogadores em campo.
Aos 59 minutos, num pontapé de canto batido por Tiago Silva, Tomás Ribeiro, cental lançado ao intervalo, para o lugar do lesionado Villanueva, saltou mais alto, aproveitou a ausência de um central bracarense na marcação, e assinou, de cabeça, o 2-0.
De pronto Carlos Carvalhal mexeu, com tripla alteração, que já estava planeada antes do 2-0, com João Ferreira, Roberto Fernández e Bruma nos lugares de André Horta, Gabri Martínez e El Ouazzani, tudo em cima da hora de jogo. A verdade é que, logo depois, aos 63', foi o Vitória SC a ficar pertíssimo do 3-0, com um livre de Tiago Silva à barra da baliza de Matheus.
Dérbi que é dérbi...
Aos 66 minutos Rui Borges mexeu em dose dupla, lançando Chuchu Ramírez e Samu nos lugares de Nélson Oliveira e Nuno Santos, e por entre os nervos e provocações, começaram a chover objetos da bancada, atingindo Bruno Gaspar. O reforço policial chegou junto à claque do SC Braga, num outro "colorido", tão típico dos dérbis à portuguesa.
Aos 73 minutos Carlos Carvalhal voltou a mexer, com Yuri Ribeiro no lugar de Adrián Marin, e mais tarde Roger Fernandes por Zalazar, enquanto Rui Borges lançou Gustavo no lugar de Kaio César, aos 78'. O SC Braga ainda conseguiu ter bola mas, tirando um cruzamento de Bruma aos 86' e um cabeceamento de Vítor Carvalho, em cima dos 90', por cima, não assustou sequer Bruno Varela.
Com a vitória no dérbi, o Vitória SC sobe ao pódio do campeonato, apenas atrás de Sporting e FC Porto, enquanto o SC Braga é sétimo, com oito pontos, menos um que o Santa Clara.
Homem do jogo Flashscore: João Mendes (Vitória SC)