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Dragão entra a voar e guarda poder de fogo antes do Clássico: FC Porto vence Rio Ave

André Guerra
Atualizado
Dragões entraram com tudo no primeiro tempo e geriram no segundo
Dragões entraram com tudo no primeiro tempo e geriram no segundoFC Porto/Opta by Stats Perform
Galeno fez o golo mais rápido de sempre no Estádio do Dragão, aos 18 segundos, numa entrada em falso do Rio Ave que só não foi de pesadelo porque Jhonatan brilhou na baliza, mas não pôde evitar o remate colocado de Nico González, aos 30 minutos. Patrick William foi expulso antes do intervalo, mas o FC Porto preferiu gerir antes de defrontar o Sporting na luta pela liderança da Liga Portugal na próxima jornada. 

Acompanhe aqui as incidências do encontro

Com os reforços Deniz Gul e Samu Omorodion a assistir nos camarotes, Vítor Bruno voltou a mexer no onze para lançar Pepê a titular, em detrimento de Fran Navarro, com Namaso a assumir a posição de avançado central e Vsaco Sousa a manter o seu lugar no miolo. Por outro lado, Luís Freire mexeu apenas com a entrada de Tiago Morais em vez de Ole Pohlmann.

Pontuações dos jogadores
Pontuações dos jogadoresFlashscore

Dragão levanta voo no apito inicial

As estratégias nem tiveram tempo de entrar em jogo. Mal soou o apito inicial, os dragões lançaram-se ao ataque com uma segunda bola a cair nos pés de Iván Jaime que ativou o radar e encontrou a desmarcação de Galeno ao segundo poste. O novo lateral esquerdo voltou a mostrar dotes de goleador com um remate acrobático a surpreender tudo e todos para inaugurar o marcador com apenas 18 segundos de jogo e fazer o seu quinto golo na época e o mais rápido de sempre no Estádio do Dragão.

Sem tirar o pé do acelerador, os anfitirões podiam ter dilatado a vantagem por diversas ocasiões, mas Jhonatan brilhou com uma grande estirada a remate de Namaso, antes de travar as múltiplas tentativas de Jaime, Martim Fernandes e Vasco Sousa. A primeira aparição dos vila-condenses no ataque foi num pontapé de canto prontamente resolvido.

Estava a ser um autêntico massacre azul e branco perante a apatia e excessivos erros dos forasteiros e já não era uma questão de "se", mas de "quando" é que chegaria o segundo golo. João Tomé foi o culpado de perder uma bola a meio campo que permitiu a Galeno lançar uma transição rápida e Jaime convidar Nico para um remate rasteiro e colocado à entrada da área, aos 30 minutos. Sem oposição, Jhonatan bem se lançou, mas não chegou a tocar no esférico.

Insatisfeito com o que via da equipa, que raramente atravessou o meio campo (ver gráfico abaixo), Luís Freire fez três alterações de uma assentada, (Tiago Morais, Kiko Bondoso e João Tomé saíram, entraram Fábio Ronaldo, Pohlmann e João Graça). Apesar de não ter consentido mais golos até ao descanso, não ficaram por aí as contrariedades para o treinador que, aos 43 minutos, ficou sem Patrick William por acumulação de amarelos.

Confusão tática no Rio Ave e quase todos os elementos atrás do meio-campo
Confusão tática no Rio Ave e quase todos os elementos atrás do meio-campoLUSA/Opta by StatsPerform

Antes do intervalo, o Rio Ave já tinha feito quatro alterações, visto que Panzo compôs a linha defensiva com a saída de João Novais.

Estatísticas da primeira parte
Estatísticas da primeira parteOpta by Stats Perform

Aterragem suave com vista para o Clássico

Sem alterações no recomeço, pertenceu a Vasco Sousa a ousadia de testar a meia distância por duas vezes à procura do primeiro golo pela equipa principal. A nota artística podia ter chegado pouco depois, mas Pepê permitiu a Jhonatan brilhar novamente com uma finalização tímida na pequena área depois de uma grande jogada sobre a direita e cruzamento de Martim, o que não tira mérito à intervenção do guardião.

Os dragões, naturalmente, baixaram o ritmo. Não só porque estavam em vantagem numérica e no marcador, mas principalmente porque na próxima semana há Clássico com o co-líder Sporting e os índices físicos nesta altura são geridos com pinças. Essa gestão começou com as saídas de Martim Fernandes e Pepê para as entradas de João Mário e Wendell, que cheirou o golo nos primeiros minutos esta temporada, mas atirou enrolado. 

Aos 76 minutos, o Rio Ave criou a primeira e única ocasião de perigo com um cruzamento rasteiro para a pequena área que não teve seguimento. No contra-golpe, Vasco Sousa isolou Galeno, mas o extremo atirou fraco para as mãos de Jhonatan.

Até ao apito final, Vítor Bruno continuou a gestão com as entradas de Gonçalo Borges, Grujic e Fran Navarro, ao mesmo tempo que Jhonatan foi evitando males maiores para os vila-condenses. 

Homem do jogo Flashscore: Galeno (FC Porto).

A exibição de Galeno
A exibição de GalenoProfimedia/Opta by StatsPerform