Eduardo Quaresma, Rafael Pontelo e Diogo Cabral proporcionam tarde diferente na Academia do Johnson
Inserida no projecto de responsabilidade social que o Sporting Clube de Portugal, em conjunto com a Fundação Sporting, lançou no último trimestre de 2023 e que prevê uma actividade de solidariedade uma vez por mês, esta acção proporcionou uma tarde bem diferente aos utentes da Academia do Johnson, tal como aos atletas leoninos, que se mostraram de corpo e alma durante todo o tempo.
Divididos por vários grupos, os leões tiveram a oportunidade de fazer vários jogos tanto com as crianças e jovens desta instituição, como com as utentes mais idosas. Por isso, houve quem jogasse ao jogo do mata, matraquilhos ou snooker, quem andasse de andarilhos e quem jogasse cartas e dominó.
“É de dar os parabéns ao Sporting por esta iniciativa, que permite a estas pessoas estarem connosco e passarem um bom momento e a nós conhecer e vivenciar outras realidades, assim como demonstrar aquilo que o Sporting CP também é fora das quatro linhas: um clube grande que se preocupa com as pessoas”, disse Eduardo Quaresma, aos meios de comunicação do clube, dando conta da experiência: “Para mim foi gratificante e ainda pude regressar um pouco à escola, ao ter a oportunidade de jogar ao mata, por exemplo. Gostei mesmo de estar aqui e levo daqui uma experiência diferente”.
Por sua vez, Diogo Cabral, que é natural de um bairro da Amadora, mostrou-se satisfeito por ter vivido este momento e por os restantes atletas leoninos terem tido a oportunidade de conhecer uma realidade que ele bem conhece, mas que é pouco conhecida para muita gente.
“Acho que foi bom para os meus colegas perceberem esta realidade, terem a oportunidade de ver o que se passa nos bairros, assim como foi bom para estas crianças terem-nos aqui. A mim, em particular, ajudou-me a manter os pés bem assentes na terra e espero que estes jovens tenham percebido que todos nós conseguimos alcançar aquilo que ambicionamos”, disse Diogo Cabral, mostrando-se ainda orgulhoso por estar num clube que “não se preocupa apenas com o que se passa dentro do clube, mas também se preocupa com o que se passa fora”.
“Estas iniciativas, ao fugirem da época natalícia onde há sempre mais estas ações, ainda é mais importante e, para mim, também foi muito gratificante estar aqui e poder dar um bocadinho de mim a estas pessoas”, começou por dizer Cátia Azevedo, deixando uma certeza: “Temos muito a aprender com estas pessoas, que vêem o mundo bem diferente de nós, apesar de viverem no mesmo mundo que nós”.
“Estar aqui fez-me parar e ver o mundo de outra forma e foi óptimo para mim”, referiu ainda a atleta verde e branca, dando conta daquilo que ganhou esta tarde: “Como passei mais tempo com as utentes mais velhas, levo daqui a risada simples e a humildade, assim como a sabedoria e a calma, apesar de ter havido algumas quezílias entre elas durante os jogos."
Apesar das picardias, saudáveis e tão normais durante as atividades, esta ação pretendeu, acima de tudo, promover o respeito e a inclusão de todas e de todos e foi por isso que a escolha desta vez recaiu na Academia do Johnson, que tem como missão promover a educação e os valores de cidadania na prevenção de situações de risco de crianças e jovens que vivem nos bairros da Amadora.
“Para nós, Fundação Sporting, é muito importante, a união, o respeito e a inclusão e a Academia do Johnson também trabalha com esses valores. Por isso, fez-nos sentido vir aqui e foi muito bom ver tanto as pessoas daqui, como os nossos atletas, que acabam sempre por levar mais do que trouxeram, tão contentes. Foi um dia muito diferente no qual todos ganharam e onde se viu, sem dúvida, a energia como todos abraçaram este desafio”, referiu Inês Sêco, coordenadora-executiva da Fundação Sporting.
Susana Tavares, mentora e coordenadora na Academia do Johnson, concordou e não podia por isso ter ficado mais satisfeita com a presença do Sporting no espaço que o falecido marido, João Semedo, fundou em prol dos outro: “Foi um dia muito diferente e muito bom para todos. Estão todos muito contentes com aquilo que viveram aqui. O Sporting pode voltar sempre, a porta estará sempre aberta”.