Reveja aqui as principais incidências da partida
Olhar para este Boavista é ter um misto de espanto e consternação. A lidar com sérios problemas burocráticos, Cristiano Bacci tem de se assumir como um milagreiro numa equipa que está impedida de inscrever jogadores e tem de compor o plantel com jovens saído de uma equipa sub-19 que foi despromovida na época passada.
Para um clube que foi campeão nacional ainda neste século é difícil de olhar para esta realidade. E isso reflete-se em campo. Nos Açores, depois do pesado 0-3 sofrido com o Benfica, o Boavista procurou um milagre, mas não o encontrou numa ilha com nome de santo (São Miguel) e diante de um clube com nome de santa (Santa Clara).
Promovido esta época, o Santa Clara de Vasco Matos é uma máquina bem oleada, que traz as rotinas que ajudaram o clube a sair da Liga 2. E um trio de ataque em grande forma, que construiu a jogada do primeiro golo aos 36 minutos, quando Alisson Safira assistiu Vinícius Lopes. Terceiro jogo consecutivo a marcar, quarto golo na Liga para o extremo.
Em vantagem e percebendo as fragilidades de um Boavista com muita vontade, mas pouco engenho, o Santa Clara aproveitou e foi gerindo o jogo. Pese embora a vantagem magra, os açorianos nunca sentiram o controlo do jogo em risco e o 2-0 não chegou por infelicidade (Gabriel Silva ao poste) ou por defesas de César, que rendeu o jovem Tomé Sousa na baliza.
Três pontos para o Santa Clara que termina a sétima jornada no quarto lugar com 15 pontos, à frente de SC Braga e Vitória SC. São mais 10 que o Boavista, 15.º classificado e cuja situação se vai cada vez mais complicando.
Homem do jogo Flashscore: Vinícius Lopes (Santa Clara)
