Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

FC Porto abandona Academia da Maia

Academia do FC Porto na Maia não passou do papel
Academia do FC Porto na Maia não passou do papelFC Porto
A administração da SAD do FC Porto anunciou esta terça-feira, de forma oficial, que vai abandonar a ideia da construção da Academia dos dragões na Maia, pelo facto do clube não ter "nesta fase possibilidades financeiras de dar continuidade ao processo tendente à aquisição dos terrenos em causa".

Recorde-se que na reunião de segunda-feira da Câmara Municipal da Maia, o presidente António Silva Tiago revelou que a segunda tranche da compra dos terrenos, na freguesia de Nogueira e Silva Escura, no vlaor de 510 mil euros, não tinha cobertura bancária por parte do FC Porto.

O processo de publicação da hasta pública em Diário da República antes de ser aprovada pela Assembleia Municipal também foi alvo de explicação por parte de Alexandra Carvalho, diretora do departamento de finanças da Câmara Municipal da Maia, tendo sido confirmado que, em bom rigor e cumprindo a lei, essa ação só poderia ocorrer após a dita deliberação.

Deste modo, a hasta pública lançada pela Câmara Municipal da Maia acaba por ser anulada, com André Villas-Boas a abandonar o projeto da Maia e, deste modo, reavendo os 680 mil euros referentes à primeira tranche, de 20 por cento do valor adjudicado.

Comunicado do FC Porto:

"A Administração da SAD do FC Porto informa que:

Durante a campanha eleitoral o agora Presidente do FC Porto, André Villas-Boas, manifestou a sua preocupação com a forma - precipitada e pouco ponderada - como a anterior Administração tinha decidido avançar para o projeto de uma academia de formação e treino de atletas na cidade da Maia. Não obstante, deixou o agora Presidente a garantia de que, uma vez eleito, iria, juntamente com a sua equipa, analisar cuidadosamente o projeto, nomeadamente em termos de utilidade, timings de conclusão de obra e custo.

Após a entrada em funções no dia 28 de maio, a nova Administração procedeu à referida análise dos vários elementos do projeto da Maia, incluindo do estado do procedimento de hasta pública para a aquisição dos terrenos (o que envolveu prévias reuniões com o Presidente do Município, bem como com o gabinete de arquitetura responsável pelo projeto).

As preocupações manifestadas pela nova Administração quanto à forma como se decidiu avançar para o projeto da Maia, nomeadamente sem aparente consideração adequada sobre a capacidade financeira do Clube para, nesta fase, completar os diversos passos subjacentes ao projeto, incluindo a aquisição dos terrenos em causa, bem como a tramitação aparentemente acelerada do procedimento, vieram a revelar-se inteiramente fundadas.

Com efeito, para além de se ter verificado que, surpreendentemente, não existia qualquer plano concreto de viabilidade financeira para a construção do centro de treinos na Maia, veio também a verificar-se que a anterior Administração da SAD do FC Porto havia já falhado o pagamento da segunda prestação relativa ao procedimento de hasta pública para a aquisição dos terrenos ao Município da Maia. No dia de hoje, a atual Administração confirmou à CM Maia que, efetivamente, o Clube não teria nesta fase possibilidades financeiras de dar continuidade ao processo tendente à aquisição dos terrenos em causa.

A FC Porto SAD continuará agora a trabalhar afincadamente no sentido de analisar e explorar as alternativas disponíveis que permitam ao FC Porto, dentro dos constrangimentos que tem e sem hipotecar o seu futuro, vir a estar dotado das infraestruturas de que necessita para entrar na modernidade e continuar a ser uma referência a nível mundial."

Reação da Câmara Municipal da Maia

Numa nota à imprensa, a Câmara Municipal da Maia lamentou a situação financeira dos dragões, vincando que aguarda ainda por uma comunicação formal dos azuis e brancos.

"Sem prejuízo de comunicação formal do FC Porto ao Município, que aguardamos ainda, só podemos lamentar que a situação financeira do clube não permita concretizar o projeto a que se propôs, que, estamos certos, engrandeceria o FC Porto e a Maia. Não obstante, não cabe ao Município tecer quaisquer comentários à decisão do clube, de que tomamos devida nota."