Gonçalo Santos e a receção ao Benfica: "Os jogos grandes nunca aparecem em alturas ideais"
“O Benfica é uma equipa que assume o jogo, pelo poderio e pela qualidade individual dos jogadores. O momento mais forte do Benfica é a transição ofensiva, quando estão em bloco médio-baixo e ganham a bola. Fizeram um golo, agora na Liga Europa, de um canto defensivo e aproveitaram a transição. Apesar de ser uma equipa dominadora e que está muito tempo em organização ofensiva, temos de ter atenção à sua transição quando tivermos bola, pois será o momento em que queremos ferir o Benfica”, frisou.
Em conferência de imprensa de antevisão ao encontro, que será disputado em Rio Maior, Gonçalo Santos reforçou que os ‘gansos’ trabalharam sobre os erros defensivos que aconteceram no desaire da última ronda, em casa do Estrela da Amadora, por 3-1.
“Os jogos grandes nunca aparecem em alturas ideais. São equipas difíceis de defrontar, com valores individuais muito acima da média e sempre bem trabalhadas. A partir do momento em que assumi a equipa, tivemos três jogos em que não concedemos golos, mas, no último jogo, não fomos tão felizes nesse momento defensivo. Cometemos alguns erros por culpa e responsabilidade minhas. Trabalhámos muito sobre isso durante a semana e penso que estamos muito bem preparados para o jogo de amanhã", atirou.
O Casa Pia empatou 1-1 na visita ao Estádio da Luz, na primeira volta, um jogo que os casapianos voltaram a avaliar para “corrigir algumas coisas e prevenir os pontos fortes do Benfica”, com o técnico à espera de um adversário com poucas mexidas no domingo.
“As equipas chamadas ‘grandes’ têm um plantel extenso e com muita qualidade. Hoje, o futebol está muito evoluído a nível físico e as equipas grandes têm muitas condições. Acredito muito que o Benfica mantenha praticamente o mesmo ‘onze’ e que a parte física não será uma desculpa se o resultado não correr tão bem ao Benfica, que espero que não corra. Têm todas as condições para se apresentarem a 100%, mesmo com os jogos de três em três dias”, apontou Gonçalo Santos, que assumiu o cargo há um mês.
No último encontro, o treinador não pôde contar no meio-campo com o contributo de Rafael Brito - único lesionado do plantel e que poderá não jogar mais esta temporada - e Ângelo Neto, que estava suspenso e retorna agora às opções, ficando a dúvida sobre a função de Pablo Roberto, que se tem dividido entre o ‘miolo’ e a posição de extremo.
“O Pablo dá-nos muita qualidade com a bola nos pés e promove o nosso jogo ofensivo. Todos os jogos têm uma estratégia diferente e apresentei ‘onzes’ distintos em todos os jogos. Preparo a equipa para o próximo jogo, tendo em atenção o adversário, mas com maior preocupação nos nossos princípios. O nosso objetivo é sermos melhores do que no último jogo e acreditamos que vamos ser”, sublinhou o treinador, de 37 anos.
O Casa Pia, 11.º classificado, com 27 pontos, recebe no domingo o Benfica, segundo, com 61, em duelo a contar para a 26.ª jornada da Liga, no Estádio Municipal de Rio Maior, às 18:00, que terá arbitragem de Cláudio Pereira, da Associação de Futebol de Aveiro.