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Grandes debatem custos do futebol profissional: "Temos de criar ferramentas para nos mantermos competitivos”

Cláudio Couto (SC Braga), Francisco Salgado Zenha (Sporting), José Pereira da Costa (FC Porto) e Nuno Catarino (Benfica)
Cláudio Couto (SC Braga), Francisco Salgado Zenha (Sporting), José Pereira da Costa (FC Porto) e Nuno Catarino (Benfica)Liga Portugal
Cláudio Couto (SC Braga), Francisco Salgado Zenha (Sporting), José Pereira da Costa (FC Porto) e Nuno Catarino (Benfica) marcaram presença no TFS Stage, no Thinking Football Summit.

Os diversos custos associados à indústria do futebol profissional em Portugal têm sido tópico de discussão nos últimos anos, casos da excessiva carga fiscal ou do IVA associado ao preço dos bilhetes.

Num painel moderado por Miguel Farinha, Country Managing Partner da EY, Portuguese Cluster, Cláudio Couto (SC Braga), Francisco Salgado Zenha (Sporting), José Pereira da Costa (FC Porto) e Nuno Catarino (Benfica) discutiram o caminho a seguir para reduzir estes custos que têm dificultado a capacidade competitiva dos clubes portugueses no cenário internacional.

O representante do emblema bracarense começou por contextualizar as dificuldades que os clubes nacionais.

Há alguns custos de contexto que podem ser minimizados para aumentar a competitividade do Futebol português. A questão do IVA, que aumentou para 23% há alguns anos e não sofreu qualquer diminuição, ao contrário de todos os outros espetáculos. Pagamos faturas altíssimas em relação aos seguros de acidentes de trabalho, nomeadamente devido à incapacidade mínima exigida para que o atleta tenha direito a uma indemnização”, referiu, numa linha de pensamento partilhada por Francisco Salgado Zenha:

Temos enormes desafios pela frente, porque competimos com as maiores potências mundiais no ranking da UEFA. Os seguros são um caso evidente e, no caso do Sporting, temos um custo de 5 milhões por ano, algo que é um problema que temos de resolver. A carga fiscal é absurda, por isso temos de criar ferramentas, com apoio da classe política, para nos mantermos competitivos", explicou.

Já José Pereira da Costa partilhou um exercício de alinhar os custos de contexto de acordo com a média europeia.

No caso do FC Porto, podia representar uma redução de cerca de quatro a cinco por cento de margem sobre as receitas operacionais, excluindo as receitas com vendas de jogadores. Para receitas totais na ordem dos 160 milhões, poderíamos reduzir os custos na ordem dos sete a oito milhões, o que representa um valor muito significativo”, sublinhou, sendo que Nuno Catarino deixou algumas soluções para mitigar esta questão:

Temos de melhorar a rentabilidade do produto. O aumento das assistências nos estádios é excelente, sendo que o Benfica tem a felicidade de ter uma lista de espera de 14 mil pessoas para comprar o lugar anual. Acho que os clubes têm de cooperar muito mais entre si, sobretudo na inovação, para que o espetáculo seja melhor e evitar um potencial declínio do Futebol português.”