Hulk lembra episódio do túnel da Luz e revela: “Pinto da Costa perguntou-me se queria jogar por Portugal”
“Lembro-me que quando cheguei no FC Porto existiam muitas dúvidas por eu vir do Japão. Fui o melhor marcador da segunda divisão, no Tokyo Verdy. Lembro-me que o Jesualdo Ferreira disse-me que o campo tem a mesma dimensão, a bola é a mesma, eu só tenho de chegar e jogar. O resto alinhámos. Foi o que ele fez, foi mais do que um treinador, mas um professor. Ajudou-me bastante. Então, depois de dois meses já era titular absoluto”, lembrou Hulk, que representou o FC Porto entre 2008 e 2012.
Nesses quatro anos, acabou por ficar marcado pela confusão no balneário da Luz, em 2009/10.
“Só tive coisas boas, tirando um episódio que aconteceu em 2009/10. Fui chamado para o Brasil em 2009 e o Pinto da Costa perguntou-me se eu jogaria por Portugal, eu disse que fica lisonjeado, mas tinha o sonho de vestir a camisola da canarinha e agora que estava numa equipa grande da Europa ia ter oportunidade. Aconteceu próximo do Mundial, fiz dois particulares, fui muito elogiado pelo Dunga. Regressei ao FC Porto e tivemos um jogo com o Benfica, no Estádio da Luz. Uma confusão e sobrou para quem? Para mim e para o Sapunaru…”, desabafou.
Hulk explicou então a versão dos factos
“Eu já estava no balneário e do nada oiço que agrediram um massagista e eu fui a correr. Quando cheguei lá não existam agressões. Aí estava o Sapunaru a discutir com o chefe de segurança, depois um empurrão e começou a confusão. Recorde-me que acabou tudo e chega o Rui Costa, um jogador espectacular, e perguntou-me ‘F…-se, Hulk, o que está a acontecer?’. Eu disse que nos estavam a provocar. O delegado da Liga anotou, tudo normal. Quando entro no autocarro começo a ler na imprensa que eu e o Sapunaru estávamos suspenso por tempo indeterminado. Tão rápido?", atirou, abordando depois o regresso: "Quando cumpri 18 jogos de suspensão, o FC Porto já não podia ser campeão nem ir à Liga dos Campeões na época seguinte. Aí finalmente libertaram-me. Disseram que eu devia ter apanhado no máximo três jogos. De três para 23 é um absurdo. Cheguei ao FC Porto em 2008/09, ganhámos esse título e perdemos o seguinte, em que não joguei metade da época. Daí para a frente e até à minha saída, não perdi um jogo do cmampeonato português".