Iván Jaime: "FC Porto era a minha prioridade e felizmente as coisas aconteceram"
Pré-época: "Estive sempre em sintonia com as pessoas do Famalicão e ficou tudo claro desde cedo, mas o futebol é complicado. Um dia as coisas são de uma maneira, no dia seguinte são de outra, na semana seguinte voltam a mudar... O que tenho a dizer é que sempre esteve tudo claro para ambas as partes. Eu sabia o que eles queriam, eles sabiam o que eu queria, fui sincero com o clube, com o míster e com toda a gente quanto ao que sentia. Eles entenderam a minha posição, disseram que estavam dispostos a ajudar-me e o que se passou é outra conversa. Cada um pode ter a sua opinião, estão todos no direito de pensar o que quiserem, mas da minha parte só posso dizer que ficou tudo claro desde sempre. O que sucedeu fora disso é outra coisa."
FC Porto era a prioridade? "Sim. Quando soube do interesse fiquei cheio de vontade de treinar e jogar no FC Porto, porque sempre me disseram bem do clube, da equipa técnica e do grupo de trabalho. Vir para cá era a minha prioridade e felizmente as coisas aconteceram no último momento. Foram dois meses difíceis, mas faz parte do futebol."
Peso dos 10 milhões de euros: "Pressão não sinto, sinto-me só agradecido, porque esta é a maneira de o clube demonstrar que me queria muito. É algo importante para mim, porque o Famalicão estava a pedir uma quantia significativa por mim, mas a pressão é zero. É ao contrário, encaro como uma boa coisa."
Golo ao FC Porto na Taça de Portugal: "Para mim não é uma questão motivacional, mas sim tática. No Famalicão sentia-me muito melhor contra as equipas grandes, porque os estádios são top, os relvados perfeitos... Era diferente. Gosto de sentir a pressão, de ter o público em cima de mim e de ver o estádio cheio. Gosto disso, sinto-me muito cómodo nesses ambientes. A pressão não me afeta, ao fim e ao cabo isto é um desporto e devemos estar agradecidos por podermos jogar em grandes estádios como o Dragão. É um prazer e um gosto poder jogar ali."
Impressionar FC Porto: "Não, nunca pensei nisso, mas todos sabemos que quando defrontamos equipas grandes as pessoas estão atentas. Os responsáveis conseguem ver e perceber a qualidade dos jogadores, mas nunca pensei nisso. Só pensava em fazer o melhor que sabia para ajudar a equipa."
Primeiro jogo da carreira no Dragão: "Lembro-me muito bem, porque comecei como falso nove e toquei pouco na bola. Era complicado, foi durante a pandemia, não havia público nas bancadas."