José Mota: "Quem quer jogar com sobranceria sujeita-se a este tipo de situações"
Recorde aqui as incidências do encontro
Análise: “O Sporting dominou completamente o jogo e mereceu, toda a estratégia que montámos não foi bem interpretada e eu sou o responsável, tenho que assumir isso. Quando jogamos contra o Sporting e perdemos os duelos quase todos, todas as bolas nas alturas, deixando os jogadores do Sporting jogar a seu belprazer, por dentro, por fora, quando só estamos posicionais, naturalmente é muito fácil para o adversário ter toda a superioridade. Não se pode jogar contra o Sporting desta maneira, porque tem atributos de uma grande equipa e quem quiser jogar com sobranceria ou da forma como fizemos, sujeita-se a este tipo de situações. Entrámos sem grande capacidade de pressão, o Sporting naturalmente com mais bola, junto à nossa área venceu todos os duelos, com muito espaço e tempo para pensar, ou seja, não fomos agressivos, nem determinados e o 0-2 acontece de forma natural. Na segunda parte disputámos mais o jogo, tentámos ter mais posse, mas também corremos os riscos que corremos porque o Sporting também está preparado para jogar em ataque continuado ou na transição. Devíamos ter sido mais agressivos e determinados, não fomos, e assumo completamente a responsabilidade pela minha equipa não ter sido boa, humilde, determinada e por não ter percebido que jogava contra o campeão nacional”.
Com esta goleada, fica mais difícil a preparação para o próximo jogo: “Pelo contrário, é mais fácil. Depois deste jogo, se não temos a consciência do que não fizemos... é precisamente neste jogo que se tiram ilações do que deve ou não fazer. O Farense tem de ser humilde, determinado, tem de ser uma equipa e não um lote de jogadores que quer sobressair porque é uma boa altura para o fazer. Primeiro temos que construir uma boa equipa para depois acontecerem revelações. Ainda não o fizemos, queremos que isso aconteça, e este 0-5 só vem demonstrar que temos de pensar bem, trabalhar muito mais, ser muito mais humildes e dar a volta já no próximo jogo”.
Fecho de mercado: “É claro que não sabemos e estarem todos os dias com notícias, hoje é o A que vai para um lado, o B que vai para o outro. Estamos a falar de jogadores que há ano e meio estavam na Liga 2, estão agora a criar estatuto e quando se fala de clubes grandes, não sei se passam bem a noite. Isso só tem prejudicado, mas o fundamental é que nós e eu gostava que estas fases de entradas e saídas de jogadores acabassem quando os campeonatos começam, para os jogadores assentarem ideias e se focarem no trabalho. Este mês de agosto é um sobressalto constante, trabalho árduo para todos e há que acalmar aqueles que tem mercado, mas também os agentes que durante este mês se focam no seu trabalho. Esta derrota vai ajudar-nos a ter os pés assentes no chão”.