Recorde aqui as incidências do encontro
Quase um mês depois do seu último jogo, fruto da eliminação na Taça de Portugal, os algarvios queriam fazer a festa um dia depois do aniversário centenário da sua casa. O Estádio São Luís compôs-se para o duelo entre duas equipas em boa forma na Liga Portugal, sendo que o Farense venceu os últimos três encontros na prova.
Por outro lado, o Vitória de Guimarães, apesar do triunfo na Taça, sofreu duas derrotas consecutivas no campeonato e precisava de vencer para recuperar o quinto lugar na tabela. Álvaro Pacheco manteve a confiança no 11 que venceu o Vilaverdense, com exceção de Bruno Varela que voltou a ocupar o lugar entre os postes.
Entrada triunfal
Ainda os espetadores procuravam o seu lugar nas bancadas, já os vimaranenses estavam a vencer: aos três minutos, num pontapé de canto, Tomás Ribeiro saltou sozinho na pequena área e, de costas para a baliza, conseguiu cabecear com a nuca para inaugurar o marcador. Primeiro remate, primeiro golo e ainda todo um jogo pela frente.
O golo madrugador até poderia ter ameaçado uma tarde de bom entretenimento, mas nada poderia estar mais longe da verdade. As duas equipas continuaram com a mira apontada para a baliza adversária: o Farense tomou conta da posse de bola, o Vitória visava no contra-ataque. Jota ficou perto de aumentar a vantagem, com um remate em arco ao poste.
Bruno Duarte respondeu de imediato na área contrária, mas foi negado por uma excelente mancha de Bruno Varela e, na recarga, Borevkovic foi o herói que tirou o esférico em cima da linha de baliza.
Em 10 minutos de grande nível, foi a vez de Ricardo Velho brilhar entre os postes, ao travar Jota Silva com uma grande defesa quando este lhe apareceu na área. Mais uma de várias intervenções de dificuldade elevada para o guarda-redes esta temporada.
Até ao intervalo, os algarvios continuaram a dominar a posse de bola, apesar de não encontrarem o caminho para zonas de finalização. Houve ainda um grande contratempo para José Mota, com a saída por lesão de Mattheus Oliveira, rendido pelo capitão Fabrício Isidoro.
Regresso à Leão
Sem alterações ao intervalo, os Leões de Faro entraram com a corda toda no segundo tempo. Aos 49 minutos, num pontapé de canto, Cláudio Falcão surgiu em excelente posição ao segundo poste, mas o desvio bateu num defesa e morreu nas mãos de Bruno Varela. No entanto, o sinal estava dado e o empate acabaria por surgir pouco depois, da marca de grande penalidade.
Manuel Oliveira assinalou grande penalidade por alegada falta de Ricardo Mangas sobre Marco Matias, confirmada pelo VAR, convertida com alguma sorte por Bruno Duarte, já que Varela ainda adivinhou o lado.
No entanto, o momento de festa ficou estragado logo a seguir: o recém-entrado capitão Fabrício Isidoro viu dois cartões amarelos no espaço de dois minutos por faltas que travaram jogadas promissoras e deixou a equipa reduzida a 10 até ao apito final. Na cobrança desse mesmo livre, João Mendes voltou a permitir mais um belo momento de Ricardo Velho.
Jota Silva continuou a tentar deixar a sua marca no encontro com um cabeceamento que saiu à malha lateral. Já perto do apito final, numa altura em que o empate parecia o resultado mais certo, o extremo combinou com Tomás Handel, entrou na área e, de ângulo apertado, fuzilou a baliza de Ricardo Velho, para levar os três pontos para Guimarães.
Homem do jogo Flashscore: Jota Silva (Vit. Guimarães).