Recorde aqui as incidências do encontro
Vizela e Sporting voltaram a encontrar-se neste arranque da segunda volta do campeonato depois de um 3-2 favorável aos leões em Alvalade. Na equipa da casa, Ruben de la Barrera apresentou um esquema diferente e quatro mudanças em relação ao desaire com o Boavista (1-4): Rodrigo Escoval, Lebedenko, Busnic e Alberto Soro foram a jogo.
Do lado verde e branco, apenas uma mudança e de destaque, com o regresso do capitão Sebastian Coates ao eixo no lugar de Matheus Reis - ficou de fora devido a uma gripe.
Tal como seria de esperar, os líderes entraram na mó de cima e ficaram perto de inaugurar o marcador logo aos quatro minutos, mas o cabeceamento de Nuno Santos encontrou o corpo de um defesa a caminho da baliza.
Respondeu o Vizela, na insistência a um livre lateral, com um excelente cruzamento de Hugo Oliveira a encontrar Alberto Soro solto no segundo poste e o cabeceamento exímio deixou Adán sem hipóteses de defesa, inaugurando o marcador. O espanhol estava em jogo por 15 centímetros.
O leão rugiu para reentrar no encontro e, cinco minutos volvidos, uma boa jogada de combinação pelo lado esquerdo do ataque deixou a porta escancarada para o golo do empate de Gyokeres, mas de forma incrível, o avançado sueco acertou na trave a dois metros da linha.
Tornaram-se habituais as aproximações à área vizelense, mas os anfitriões não estavam só na retranca. Pouco depois, numa boa saída pelo flanco esquerdo através da Matheus Pereira, Samu soltou em Soro e foi para a área finalizar o cruzamento rasteiro, com um remate que rasou o poste. O Vizela não marcou e atirou uma bóia ao Sporting...
À terceira foi de vez
Os leões voltaram ao ataque e ainda viram a festa do empate adiada por duas vezes, por foras de jogo de Paulinho e Gyokeres. Já para lá da hora de recolha ao balneário, aos 45+7 minutos, o avançado sueco, que parecia estar em noite infeliz, decidiu carregar contra a adversidade com uma arrancada impressionante no flanco esquerdo, perdeu tempo de remate numa primeira oportunidade, mas na insistência a bola caiu-lhe nos pés e, à meia volta, rematou cruzado para levar tudo igualado para o descanso.
Vizela ficou no balneário
Em dificuldades físicas desde a meia hora de jogo, o capitão Samu ficou no balneário e foi rendido por Bustamante, mas com ele parece ter ficado também o espírito da equipa de Ruben de la Barrera. Isto porque, logo no reinício, uma perda de bola no meio campo defensivo deu espaço ao cruzamento de Trincão no flanco esquerdo, Gyokeres não chegou a tocar na bola e esta acabou por entrar junto ao segundo poste de Buntic.
Mas não ficaria por aqui a passividade e desatenção da equipa da casa. Num livre lateral cobrado de forma rápida e apanhando a defesa desatenta, Francisco Trincão voltou a ter muito espaço para levantar para a área, onde Paulinho saltou mais alto e com um desvio subtil aumentou a diferença para 1-3. A reviravolta teve mérito leonino, mas também demérito vizelense.
Jogo em aberto... mas não por muito tempo
Era um Vizela de duas caras que passeava no relvado, despassarado e desatento na retaguarda, mas combativo e perigoso no ataque. Aos 63 minutos, uma bola colocada em profundidade por Matheus Pereira permitiu a Essende ganhar na corrida e no corpo a corpo com Coates e finalizar sem problemas na cara de Adán para reduzir a diferença.
Foi uma luz que se extinguiu em pouco tempo. Em novo livre lateral, uma bola teleguiada de Pedro Gonçalves permitiu ao capitão leonino recuperar do erro, fazer as pazes com os adeptos - se é que ficaram chateados - e voltar a saborear o gosto de um golo neste regresso à titularidade.
Rúben Amorim já tinha lançado Daniel Bragança para o jogo e o médio português agradeceu a confiança construindo aquele que seria o quinto e último golo lisboeta, sem surpresas, com muito facilitismo por parte da defesa. À entrada da área e com pés de lã, tocou para Pote, o internacional português lançou Gyokeres na área que com uma bomba rasteira e cruzada assinou o resultado final.
Homem do jogo Flashscore: Viktor Gyokeres (Sporting).