Liderança escreve-se em nórdico: Benfica vence SC Braga e fica à espera do Clássico (0-1)
Recorde as principais incidências da partida
Com a liderança em jogo, na véspera do Clássico entre FC Porto e Sporting, em Alvalade, Benfica e SC Braga tentaram a todo o custo um resultado que permitisse a dormida na liderança da Liga. Ou seja, só a vitória interessava a minhotos e lisboetas. E isso sentiu-se desde o primeiro minuto.
Bola lá, bola cá, golo ali, defesa acolá... Que arranque frenético na Pedreira! Roger Schmidt mudou apenas uma peça em relação ao último onze (António Silva no lugar de Tomás Araújo) e os campeões nacionais mostraram a sua melhor versão da presente temporada nos primeiros 45 minutos.
No lado contrário, Artur Jorge mostrou-se sem receio do adversário, pelo menos na teoria, uma vez que essa maior ousadia fez com que o meio-campo bracarense fosse muitas vezes inexistente e a defesa liderada pelo experiente José Fonte massacrada pela vertigem de Rafa, Di María e Tengstedt.
Não espantou, portanto, que o treinador do SC Braga promovesse a primeira alteração pouco depois da meia hora de jogo, com a entrada de André Horta para o lugar de Rodrigo Zalazar. Mas antes disso, houve muito e bom jogo na Pedreira.
Casper marca, Trubin defende
É quase inexplicável a forma como surgiu o golo do Benfica. Tudo começou com um livre a favor do... SC Braga. Isso mesmo, não há qualquer erro nestas linhas. João Moutinho bateu a bola, as águias recuperaram e saíram em contra-ataque e aproveitarm a hesitação da linha defensiva dos minhotos para encontrar o caminho da golo.
Resumo: Kokçu libertou para Casper Tengstedt e o dinamarquês limitou-se a desviar o esférico para fora do alcance de Matheus Magalhães. Simples, como vem nos livros.
O SC Braga não acusou a pressão do golo sofrido e contou com um Álvaro Djaló sempre muito irrequieto e inconformado. Ainda assim, foi o Benfica que dispôs de mais duas excelentes oportunidades para o segundo: António Silva (10 minutos) falhou o alvo por centímetros e Rafa (13) colocou a bola no fundo da baliza, mas estava em posição irregular.
Suspiraram de alívio os adeptos minhotos, que levaram as mãos à cabeça quando viram Trubin negar um golo que parecia certo a Álvaro Djaló. Aos 13 minutos, o camisola 14 desferiu um remate fortíssimo, mas o ucraniano esticou-se todo para dar uma palmada na bola.
Nesta fase de parada e resposta, Di María enviou a bola a bater caprichosamente na barra, aos 17 minutos, num remate cheio de efeito e que deixou Matheus pregado ao chão, e Otamendi, é verdade que num lance com alguma sorte, enviou a bola ao ferro, pouco antes da meia hora de jogo. I-n-c-r-í-v-e-l!
Chegada a mudança estrutural de Artur Jorge, com a entrada de André Horta para dar equilíbrio ao meio-campo, o SC Braga melhorou significativamente do ponto de vista posicional e colocou alguma água na fervura que era o ímpeto ofensivo das águias.
Ainda no primeiro tempo, um desvio involuntário de Ricardo Horta a um remate de Álvaro Djaló quase resultou no empate e um remate de Tengstedt, em cima do apito para o intervalo, quase deu o 0-2. Quase.
Mais SC Braga, mais Trubin
Tal como na primeira parte, o Benfica entrou forte e decidido a chegar ao golo, neste caso ao segundo, e só não apareceu por manifesto desacerto de João Mário. Aos 48 minutos, Rafa Silva bailou sobre José Fonte e serviu de bandeja o companheiro de equipa para este rematar fraco e para as mãos de Matheus.
Com esse desperdício, o SC Braga manteve-se ligado ao jogo e orgnizou as tropas. Mais organização, menos espaço e mais cautela. Simples. Mas houve Trubin.
O guarda-redes ucraniano impediu o golo do empate a Banza (57) e Ricardo Horta (78), não tendo mãos apenas para um remate certeiro de Ricardo Horta (68). Mas, para sua felicidade, o capitão dos minhotos estava em posição irregular no momento em que recebeu o passe delicioso de João Moutinho e, por isso, não contou.
Artur Jorge arriscou tudo nos últimos dez minutos, com as entradas de Vítor Carvalho, Abel Ruiz e Rony Lopes, mas o (tão desejado) golo do empate não apareceu. E não foi por falta de tentativas.
Simon Banza cheirou mesmo o empate, aos 90+3, mas Trubin (impressionante!) negou o golo ao internacional concolês com a ponta do pé.
Ainda assim, nada retira o mérito ao Benfica, o novo líder da Liga.
Melhor em campo Flashscore: Trubin (Benfica)