Cristiano Bacci (treinador do Boavista):
"Não é a primeira vez que, na parte final do jogo, na segunda parte, tivemos mais oportunidades. Mas a verdade é que também na primeira parte poderíamos fazer dois golos, lembro-me de duas grandes oportunidades. Ainda assim, o maior volume de jogo foi no segundo tempo, foi quando estivemos mais instalados no meio-campo adversário. Nós fomos mais na metade do campo adversário, mas o que conta é o golo entrar.
O que eu tenho de pensar, enquanto treinador, é que o resultado é quase o mais importante e tivemos um resultado positivo, porque nós pontuámos, antes de tudo. E acho que o trabalho da equipa está à vista de todos, é isso em que penso e tenho de continuar a pensar para transmitir aos meus jogadores.
Era fácil para mim dizer, como já disse no passado jogo, que falta qualidade, mas os golos fazem-se de maneiras diferentes. Fazem-se de raça também, de acreditar na área do adversário. Não acho que seja só uma situação de qualidade. Temos de melhorar, sim, temos. Antes do jogo, na antevisão do jogo, falei do pragmatismo, porque eu sabia que íamos fazer um jogo assim.
(Joel Silva a lateral-esquerdo) Quem está melhor joga. A equipa trabalha sempre forte durante a semana e quem não estiver a 100% não joga. Desta vez, foi o Bruno Onyemaechi a ficar fora. O Joel é um jogador que pode jogar em mais lugares e bem, confio muito nele".
Ian Cathro (treinador do Estoril):
"Tenho alguma experiência no futebol e acho que resultado é resultado. Eu sei que aqui se fala muitas vezes se é justo ou se é injusto, isso é mais conversa de café. Eu não gosto muito de andar por aí.
Para fazermos um balanço antes da paragem das seleções, acho que temos que olhar para tudo o que está a acontecer nas últimas semanas. Agora já chegámos aqui com quase todos os jogadores já integrados na equipa, só faltam dois que estão a voltar de lesão, mas conseguimos chegar ao ponto em que temos o nosso plantel quase feito. Acredito que seja mais equilibrado a nível das qualidades, da experiência e tudo isso. Hoje não foi o nosso melhor jogo.
Naturalmente, cada pessoa quer melhorar todos os dias, mas nós também sabemos que a vida não é assim. Há altos e baixos e isso faz parte da nossa vida. Acho que já estamos num ponto em quem depois desta paragem, vamos estar todos preparados mesmo para competir melhor, com todos os jogadores disponíveis.
Pouca gente aceita a realidade, mas é a verdade. Os jogadores, para ganharem rotinas, dinâmicas e ligações entre eles, precisam de tempo para se conhecerem uns aos outros".