Liga Portugal: José Mota sente condições para continuar, Gonzalo García admite "início difícil"
Recorde as principais incidências da partida
José Mota (Treinador do Farense):
“Sabíamos o que valia o jogo, quer para nós, quer para o adversário.
O adversário entrou menos ansioso e nós tivemos algumas dificuldades, devido a alguma ansiedade, em ter o controlo do jogo, um posicionamento mais adequado, melhor receção e melhor passe. Tudo isso fez com que essa ansiedade se apoderasse cada vez mais da equipa.
Para piorar essa situação, aconteceu o golo – com mérito do adversário –, na sequência de um escorregão, de um ressalto, e numa transição em que deixámos o adversário ser feliz no remate.
Na segunda parte, estivemos melhor em todos os aspetos, obrigando o adversário a ser uma equipa mais recuada. Tentámos por todos os lados, as alterações deram mais agressividade, tivemos três ou quatro chances muito boas, o guarda-redes fez duas ou três defesas. Tudo isso contrariou o que pretendíamos.
Os jogadores mostraram uma dedicação enorme, um grande querer, trabalharam muito e acho que merecíamos um resultado diferente.
Sou uma pessoa direta. Eu, se não sentisse (ter condições para continuar), a primeira pessoa com quem tinha de falar era o presidente. Se eu não tivesse um jogo em que os meus jogadores fizeram tudo para que as coisas fossem diferentes, se eu sentisse que a equipa não tinha alma, seria o primeiro a perceber isso.
Sei que são seis derrotas, eu também nunca tive seis derrotas seguidas, com tudo isto a gente bate de frente e pensa que é um momento extremamente difícil. É, mas isto é para homens.
Aceito o descontentamento. Quem perde seis jogos, os sócios não podem estar contentes. Eu também não estou contente com estes resultados. Compete-me saber porque é que acontecem. Hoje aconteceu porque não fizemos golos.
Não foi um jogo mal conseguido, só foi mal conseguido porque não fizemos golos. Dominámos muito o adversário, na segunda parte então foi muitas vezes sufocante. Para aquilo que criámos, temos de fazer golos”.
Gonzalo Garcia (Treinador do Arouca):
“Foi um jogo muito difícil, contra uma equipa agressiva, que pressionou alto, que nos encostou mais atrás.
Na primeira parte, foi difícil conseguir a sair a jogar, numa das poucas transições que conseguimos, fizemos o golo. Muitas vezes, cortaram o nosso futebol com faltas, mas isso faz parte do jogo.
Na segunda parte, eles atacaram com tudo e, nesses momentos, podíamos ter matado numa transição, mas não conseguimos. Fica a sensação de que o Farense nos empurrou muito, mas acho que defendemos muito bem e eles não conseguiram criar perigo.
A equipa trabalhou muito, com grande intensidade, e estou agradecido.
Esta a ser um início de época muito difícil, em muitos aspetos, com muitas entradas e saídas. Por isso, esta vitória vai dar-nos mais tranquilidade e permite-nos continuar a crescer”.