Recorde aqui as incidências do encontro
No regresso do FC Porto ao Estádio São Luís as duas equipas não apresentaram grandes mudanças nos respetivos onzes. De resto, José Mota até repetiu a confiança nos mesmoes elementos que garantiram a vitória na visita ao Casa Pia na jornada anterior, enquanto Sérgio Conceição voltou a lançar Nico depois de cumprir um jogo de castigo, no lugar de Eustáquio.
De recordar que os Leões de Faro estão a fazer uma época muito positiva neste regresso à elite, ocupando o sétimo lugar, e que na primeira volta saíram derrotados do Dragão por 2-1 graças a um golo de Marcano para lá da hora, aos 90+10.
Penálti lá, penálti cá, desperdício aqui, golo ali
À imagem do que têm sido os últimos jogos dos azuis e brancos no regresso do 4-3-3, a pressão alta e o ritmo forte dos primeiros instantes quase dava frutos, com Ricardo Velho a entregar a bola a Francisco Conceição, mas o passe do extremo não encontrou correspondência. O primeiro lance de perigo claro pertenceu a Galeno, mas Elves Baldé evitou o remate do brasileiro com uma excelente recuperação.
O avançado dos algarvios teve em destaque na primeira parte, já que logo a seguir soltou uma bomba do meio da rua que deixou Diogo Costa pregado ao relvado e bateu com estrondo no poste. Na recarga, Marco Matias cabeceou por cima. O que se passava dentro das quatro linhas casava de forma perfeita com as bancadas, produzindo um ambiente eletrizante no São Luís.
Como se fosse necessária ainda mais emoção na partida, João Pinheiro assinalou grande penalidade por falta de Baldé sobre Evanilson, mas após aviso do VAR e consulta ao monitor, o árbitro principal reverteu a decisão. No reatamento, bola na área dos dragões e grande penalidade assinalada por mão de Fábio Cardoso. Mattheus Oliveira assumiu a responsabilidade e... bola para a bancada! O médio ficou a olhar para a marca à procura de uma justificação.
Aproveitando o desânimo dos locais, os portistas cheiraram o sangue nas águas do Algarve e abriram as mandíbulas. No minuto seguinte, numa falta a meio-campo para os algarvios, Evanilson recuperou o esférico, Galeno foi ganhando terreno sobre a esquerda e desmarcou o avançado na área que, com um remate de pé esquerdo inaugurou, finalmente, o marcador.
Cinco minutos volvidos, na sequência de um canto curto, Francisco Conceição colocou a bola à entrada da área, onde apareceu Alan Varela a rematar de forma muito colocada para aumentar a vantagem. O argentino parece ter feito as pazes com o golo, depois de se ter estreado a marcar de dragão ao peito na jornada anterior.
Sem alterações no regresso, o FC Porto voltou com a carga toda para afastar as dúvidas quanto ao resultado final, mas Galeno falhou de forma clamorosa o desvio na pequena área após cruzamento de Evanilson. Respondeu o suspeito do costume do outro lado, Elves Baldé, que atirou do meio da rua para uma boa defesa de Diogo Costa. Ricardo Velho não quis ficar atrás e travou a tentativa de Francisco Conceição.
No melhor pano cai a nódoa
Alan Varela foi o melhor em campo durante o primeiro tempo, mas num jogo tão volátil como este não há espaço para certezas e a porta da dúvida está sempre entreaberta. Aos 58 minutos, o argentino atrapalhou-se na própria área e na tentativa de proteger a bola derrubou Mattheus Oliveira para novo castigo máximo. Desta feita, Bruno Duarte assumiu a marcação e rematou por baixo do corpo de Diogo Costa para relançar a partida.
O médio voltou a tremer numa saída de bola dentro da grande área, valendo o capitão Pepe a evitar males maiores. O que parecia estar controlado rapidamente se tornou instável e os dragões deram prioridade a acalmar os ânimos e baixar o ritmo, mais ainda depois das entradas de Jhon Velázquez e Belloumi. Muitas vezes criticado pelas falhas na finalização, Pepê conseguiu marcar um golaço, mas o tento não valeu por fora de jogo.
Não marcou o brasileiro, contentou-se em assistir o compatriota e matador de serviço. Evanilson sente-se cada vez mais confortável na nova pele de avançado solitário e tem aproveitado essa liberdade na frente de ataque para somar golo atrás de golo. Aos 76 minutos, acabou com as dúvidas no encontro e apontou o sétimo golo nos últimos quatro jogos.
Até ao apito final, destaque para as entradas de Iván Jaime, João Mendes, Romário Baró e Eustáquio, assim como do reencontro de Zé Luís com a antiga equipa. O Farense ainda ameaçou, por intermédio do recém-entrado Belloumi, que rematou à entrada da área para boa defesa de Diogo Costa.
Homem do jogo Flashscore: Evanilson (FC Porto).